Enrique Escobar
Country Manager Iberia da Talentia Software
Ocargo de Chief Happiness Officer (CHO) está a ganhar protagonismo nos departamentos de recursos humanos, mas a que se dedica realmente um CHO? Qual é a sua função e porque é tão importante para a atração, fidelização e gestão do talento empresarial?
O que é exatamente um CHO?
Embora tenha várias funções e, portanto, não tenha uma definição única, podemos dizer em termos gerais que um CHO é o responsável por supervisionar e monitorizar o grau de satisfação ou felicidade dos colaboradores de uma empresa ou membros de uma organização. É também o profissional dedicado exclusivamente à pesquisa e implementação de ações que permitam aumentar o nível de felicidade, o bem-estar e a satisfação dos colaboradores. Este tipo de estratégias são uma excelente forma de atrair e reter talentos nas empresas, criando ambientes de trabalho onde é atraente e desejável desenvolver uma carreira profissional.
As principais características de um CHO na gestão de talento
Nas mãos do responsável pela felicidade está o ativo mais importante da empresa: as pessoas. Portanto, um CHO deve ter um conjunto de competências muito bem definidas, que lhe permitam analisar com precisão a situação de cada colaborador e a capacidade de lhe mostrar um possível caminho a seguir para aumentar o seu grau de satisfação ou felicidade. Entre as competências mais destacadas estão a capacidade analítica de situações complexas, a liderança necessária para comandar equipas, a elevada capacidade de comunicação e o relacionamento interpessoal, uma notável capacidade de escuta ativa, uma mente aberta, ser extrovertido, a capacidade de organização e uma tendência natural para tomar a iniciativa.
Informação fiável para reter e explorar o talento empresarial
De todas estas competências, uma das mais importantes é a capacidade de analisar. Graças às informações extraídas dos próprios colaboradores, da situação interna da empresa, do que acontece em outras empresas e do caminho que cada um dos membros da equipa planeou para si, pode desenhar uma estratégia efetiva o mais próxima possível do que é considerado como “ideal” quando se pensa em sucesso profissional, associado a algo tão complexo e pessoal como a felicidade.
Para o CHO, é essencial ter ferramentas de gestão de recursos humanos que forneçam informações confiáveis com alto valor estratégico, tanto do talento dentro da empresa, como do que está disponível no mercado. Além de todas as informações, o CHO deve estar especialmente atento aos pequenos detalhes, que nem sempre podem ser quantificados ou registados, e que podem definir o grau de felicidade em que as diferentes equipas de trabalho executam o seu trabalho.
Dialogar, escutar e negociar, as chaves para o êxito de um CHO
Os pequenos detalhes nem sempre são os mesmos. Diferem em cada empresa e, dentro do mesmo grupo, podem ser muito diferentes, dependendo do colaborador em questão. Pode passar pela melhoria ou a criação de uma área de lazer, para intervalos de café ou refeições, a organização de atividades de grupo não relacionadas ao trabalho e fora do escritório, como um curso de artes. Cabe ao CHO a capacidade de saber ouvir, analisar a viabilidade de possíveis soluções, negociar com os envolvidos e encontrar uma forma de tornar o maior número de pessoas feliz com o menor custo possível.