A Norauto lançou no ano de 2015 a Academia Norauto. O objetivo era criar um programa de Trainees ajustado às necessidades de desenvolvimento dos perfis mais júniores, para sustentar o plano de expansão da Norauto, no mercado português.
Mas o que procura realmente a Norauto? Fomos falar com Patrícia Chambel, Responsável de Recrutamento da Norauto, para desmitificar como foi feita a seleção dos 15 eleitos da Academia Norauto.
Há quanto tempo existe a Academia Norauto?
O processo de recrutamento e selecção foi desenvolvido entre outubro e novembro de 2015 e a Academia Norauto arrancou em janeiro deste ano.
Porquê esta aposta?
A Norauto encontra-se em fase de expansão no mercado português e cada vez mais procuramos perfis orientados para a realidade do retalho e com gosto pelo ramo automóvel. Nos últimos anos com a situação do país, muitos dos perfis optaram por oportunidades que foram surgindo no estrangeiro, o que veio criar maiores dificuldades ao nível do recrutamento. Por outro lado, o perfil Norauto é muito específico, por ser uma realidade de centro auto, e que requer determinado tipo de competências que não se encontram desenvolvidas no mercado.
Habitualmente quantos candidatos são selecionados?
Optamos por 15 trainees a nível nacional, por ser esse o número de pessoas que temos a possibilidade de vir a integrar na empresa, de Norte a Sul do país, após o percurso da Academia.
Quais os requisitos necessários?
Optamos por perfis com gosto pela realidade do retalho e com afinidade com o ramo automóvel, para nós a motivação e o facto de se identificarem com a empresa, é muito importante. Possuir uma licenciatura ou mestrado, preferencialmente, na área da Gestão, Marketing, Eng.ª Mecânica ou Automóvel. Ao nível das soft skills procuramos perfis que possuíssem potencial de liderança e de motivação de equipes.
Na sua opinião, quais são as lacunas que hoje existem nos jovens?
A existência de desfasamento entre as necessidades das empresas e os conteúdos programáticos das licenciaturas/mestrados, não obstante tentarmos manter a proximidade junto das instituições de ensino superior, manifestando as nossas necessidades. Constatamos que muitos dos jovens recém-licenciados têm como handicap a componente prática e a aproximação com a realidade do mercado de trabalho. Notamos, ainda, que existem mentalidades formatadas para determinado tipo de realidades, o que faz com que os nossos jovens tenham menor flexibilidade para conhecer outras áreas.
Quais são as principais vantagens para a Norauto na criação desta Academia?
A mais valia que procuramos com a realização da Academia Norauto, é precisamente, garantir perfis ajustados à nossa realidade que nos permitam por em prática o nosso ambicioso plano de expansão para o mercado português e a respectiva dinamização da empresa face às alterações do mercado.
Tem em funcionamento três modelos diferentes de formação: presencial, e-learning e experiência on job desenhado à medida. No vosso caso qual o método que se releva mais eficaz?
A mais valia da nossa formação é precisamente a existência destas três vertentes: presencial, EL e On Job. Consideramos que existe uma complementaridade com estes três tipos de formação, sendo que privilegiamos a presencial e On Job e complementamos com e-learning, sendo um modelo simples e eficaz sobretudo face ao facto de existirem 23 centros dispersos a nível nacional.