Apesar do abrandamento do mercado de recrutamento previsto para o início de 2023, o setor da Energia e Utilities mantém-se otimista, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +43%, um valor supera a média nacional
O novo ano está a trazer consigo alguma estagnação para o mercado de trabalho, com 49% dos empregadores portugueses a planearem não mexer nas suas equipas no primeiro trimestre do ano.
Tal como mostra o ManpowerGroup Employment Outlook Survey, os setores de Energia e Utilities, Tecnologias da Informação, Finanças e Imobiliário, e Serviços de Comunicação são os que demonstram previsões de contratação mais otimistas, mas apenas dois terão potencial de superar o trimestre anterior.
Energia e Utilities lidera as intenções de recrutamento, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +43%, um valor que se destaca de forma significativa da média nacional. Segue-se a área das Tecnologias da Informação, com uma Projeção saudável de +28%. Esta Projeção representa, porém, uma descida considerável de 10 pontos percentuais, relativamente ao trimestre anterior, e uma acentuada redução de 39 pontos percentuais face ao mesmo trimestre de 2022.
Seguidamente, os setores de Finanças e Imobiliário e de Serviços de Comunicação, que inclui telecomunicações e media, avançam ambos uma Projeção de +18%. Porém, na comparação com o trimestre passado, o setor das Finanças e Imobiliário regista uma diminuição nas intenções de contratação, com menos sete pontos percentuais, enquanto o setor dos Serviços de Comunicação permanece relativamente estável com mais 1 ponto percentual.
Também o setor da Indústria Pesada e Materiais, que abrange os subsetores da Agricultura e Construção, e o setor dos Transportes, Logística e Automação apresentam uma Projeção favorável de +13%. No primeiro, o valor corresponde a uma descida de 10 pontos percentuais face ao trimestre passado e aos primeiros três meses de 202. Já nos Transportes, Logística e Automação, a descida é mais acentuada, com menos 32 pontos percentuais em comparação com a Projeção para o período de outubro-dezembro de 2022.
Embora menos otimista, a área da Saúde e Ciências da Vida avança com uma Projeção positiva, mas moderada, em relação ao aumento das suas equipas, fixando-se nos +6%, em queda de 17 e de 18 pontos percentuais face ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, respetivamente.
Finalmente, o setor de Bens de Consumo e Serviços, que inclui as atividades de Retalho, Distribuição, Hotelaria, Indústria de bens de consumo, entre outras, é o único com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego negativa, de -8%, acusando, assim, o impacto do esperado abrandamento no consumo privado. Desta forma a Projeção diminui de forma acentuada, em 36 e 48 pontos percentuais, em relação ao trimestre passado e ao mesmo período do anterior ano, respetivamente.
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