POR: Cristina Rosa
National Leader Permanent Placement | Human Resources da Eurofirms Group
Os tempos mudaram, tal como o mercado de trabalho. Gestores, ou advogados, que tiraram um curso porque ‘não queriam desiludir os pais’, ou porque ‘era o que tinha mais saída’, começaram a despertar para outras áreas e a descobrir a possibilidade de existir um talento escondido numa área diferente daquela em que investiram. A revolução digital que estamos a viver atualmente, contribui de igual forma, para esta miscelânea de talentos que cada pessoa pode albergar dentro dela.
Há falta de pessoas para trabalhar. Por um lado, há profissões antigas, cujo os segredos morreram com quem já não as pratica porque ninguém se interessava por eles, mas por outro, o mercado apressa-se a criar novas profissões, ainda sem rótulo, sem título, sem um descritivo de funções oficial e, inclusive, sem uma formação específica. Tudo é mais digital, moderno, inovador, o que obriga a uma mudança de cultura nas empresas, e nos seus colaboradores, que se sentem motivados e numa aprendizagem constante para não ficarem para trás. E assim surge o reskilling – a arte de detetar competências técnicas e emocionais de um colaborador dentro de uma empresa.
Estes são os 5 principais objetivos desta tendência:
- Fidelização e retenção de talento: o colaborador sente que a empresa está a investir nas suas competências e sente que tem espaço para crescer, tanto a nível profissional, como pessoal;
- Proximidade entre equipas: só é possível detetar uma competência de um colaborador e definir um plano de carreira, ou de crescimento, se existir proximidade entre as chefias e a equipa. É crucial saber que talento cada empresa tem dentro de casa;
- Redução dos processos de seleção: o talento já existe na empresa. Basta investir em formação, não sendo necessário passar por um processo de seleção exaustivo e que, muitas vezes, pode ser inconclusivo, devido à escassez do perfil que se procura;
- Redução do tempo de adaptação do colaborador: o colaborador já está familiarizado com o ADN da empresa, rotinas e colegas. A adaptação aplica-se apenas à nova função que, seguramente, com o apoio de todos, será bem-sucedida.
- Evolução constante, tanto dos colaboradores, como da empresa: promove-se o dinamismo, uma evolução contínua e, consequentemente, a atratividade para trabalhar naquela organização.
Atualmente, as oportunidades que surgem dentro de uma organização envolvem três setores:
1 – IT – a internet das coisas, a revolução digital, uma pandemia. Tudo mudou a forma como trabalhamos e onde trabalhamos, sendo cada vez mais necessários perfis como, data analysts, engenheiros de sistemas e developers.
2 – Recursos Humanos – o bem-estar, a confiança na empresa e o sentido de pertença são três fatores que estão a ganhar cada vez mais importância. É com a ajuda dos RH que o ADN de uma empresa é criado e transmitido a toda a equipa, desenvolvendo-se cada vez mais profissões como, por exemplo: chief happiness officer.
3 – Comercial: o contacto com os clientes pode ser bastante atraente para quem goste de estar na linha da frente e vista a camisola. Passar de uma função de backoffice para estar em contacto direto com o cliente, pode ser uma oportunidade para um futuro business developer investir nas suas competências de comunicação.
A forma como cada colaborador enfrenta os problemas do dia-a-dia, como contorna obstáculos, como comunica e como se adapta à mudança pode abrir portas e fazer com que se destaque, e, acima de tudo, surpreenda quem esteja à caça de talento.
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