Na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro, a Lundbeck, empresa farmacêutica internacional especializada em investigar e desenvolver tratamentos inovadores para doenças mentais, realizou um evento interno no qual vai desafiar os seus colaboradores a partilharem os desejos para o futuro da área da saúde mental.
No dia 9 de outubro, nos escritórios da Lundbeck, em Paço de Arcos, os colaboradores encontraram um laço gigante verde (cor da saúde mental) no qual puderam deixar os seus desejos para o futuro da área da saúde mental.
Sob o lema “Saúde Mental para Todos” e num ano particularmente desafiante nesta matéria, devido à pandemia da Covid-19, a Lundbeck quer reforçar o seu compromisso com as pessoas com doença mental, transtorno que afeta 700 milhões de pessoas em todo o mundo, o que equivale a 13% da carga global com doenças. Falámos com Sara Barros, country manager da Lundbeck Portugal.

De que forma a Lundbeck tem procurado contribuir para erradicar o estigma associado aos transtornos mentais?
A Lundbeck foi fundada em Copenhaga há mais de 100 anos. É uma das únicas empresas farmacêuticas do mundo dedicada exclusivamente à investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores para doenças mentais. Estamos empenhados em recuperar a saúde mental para melhorar a qualidade de vida de cada pessoa. De facto, um dos mais vitais compromissos da Lundbeck é ajudar os doentes a criar possibilidades e a recuperar o funcionamento. Muitos doentes sofrem devido a tratamento inadequado, discriminação, reformas antecipadas e outras consequências negativas e desnecessárias. Há mais de 70 anos que estamos na vanguarda da investigação nas neurociências e o desenvolvimento e distribuição de tratamentos pioneiros continua a fazer a diferença nos doentes em todo o mundo. Somos reconhecidos por termos ajudado centenas de milhões de pessoas que vivem com distúrbios psiquiátricos e neurológicos. No entanto, existe ainda uma enorme necessidade de ajuda e combater o estigma é fundamental e urgente, porque mais de 70% das pessoas que vivem com transtornos psiquiátricos ou neurológicos sofrem discriminação.
Com o nosso posicionamento único de especialistas em doenças mentais e neurológicas, queremos sensibilizar e desafiar a sociedade para melhorar a aceitação destes doentes para que possam ter a oportunidade de recuperar em pleno a sua vida. Mantemos um compromisso com a consciência social e a melhoria do conhecimento das doenças mentais por toda a sociedade, com o objetivo de erradicar o estigma e a exclusão social que ainda estão associados a estas doenças. Assim, podemos contribuir para o diagnóstico precoce, o acesso ao tratamento e à adesão à terapêutica, pilares fundamentais para a recuperação completa dos doentes.
Este ano, sentem que o vosso propósito e missão como empresa foi reforçado? Sentem essa responsabilidade?
Sem dúvida que sim. Um em cada seis europeus sofre de doenças mentais, ou seja, 84 milhões de pessoas na União Europeia e mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo, o que equivale a 13% da carga global com doenças. Segundo a OMS estas patologias situam-se entre as principais causas de incapacidade grave e sustentada. As doenças mentais custam 600 bilhões de euros na Europa, mais de 4% do PIB, de acordo com o último relatório da OCDE.
E a pandemia tem vindo a gerar um aumento da doença mental, nomeadamente a ansiedade e a depressão, no nosso país e no mundo.
Quando a pandemia se instalou uma das nossas principais prioridades foi assegurar o normal abastecimento dos nossos medicamentos, para que estes pudessem chegar aos doentes sem falhas de fornecimento. Mas a responsabilidade da Lundbeck vai muito para além disso. Na Lundbeck trabalhamos para reduzir o impacto sócio-sanitário das doenças mentais, doenças graves e potencialmente fatais, que afetam a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias, por isso é necessário que a investigação não pare, para responder às necessidades ainda não atendidas.
Também nos dedicamos a promover e apoiar campanhas de divulgação e conscientização sobre doença mental, como a depressão ou a esquizofrenia, que são exemplos de como entendemos o nosso compromisso com as pessoas que sofrem destas doenças, com as suas famílias e com a sociedade como um todo.
Na Lundbeck, como cuidam da saúde mental dos vossos colaboradores?
Manter um nível de confiança nas equipas é essencial para manter a produtividade, trazer inovação e equilíbrio, componentes fundamentais para a manutenção de uma boa saúde mental. Desde sempre que é reconhecida a importância da comunicação interna, liderança e team building, como motor fundamental para estimular o sucesso operacional. Estimular um canal aberto, com diálogo constante e interação entre os profissionais da empresa contribui para a criação de um ambiente de trabalho saudável, assim como investir em programas de prevenção e promoção da saúde mental. Com isso, conseguimos desenvolver equipas que têm a capacidade de tomar decisões rápidas e alinhadas com a estratégia do negócio, solucionar problemas, e que acreditam no propósito e nos valores da organização.
Na sua opinião, que aspetos são mais importantes para garantir a saúde mental dos colaboradores nas organizações?
Todas as organizações devem garantir que os colaboradores se sentem apoiados e capazes de pedir ajuda para continuar ou regressar ao trabalho.
É muito evidente para a Lundbeck que as intervenções de saúde mental precisam de fazer parte de uma estratégia integrada de saúde e bem-estar que incida na prevenção, identificação precoce, apoio e reabilitação.
É também fundamental desenvolver campanhas internas de esclarecimento sobre o tema, capacitar os gestores e líderes sobre como reconhecer os sintomas de stress ou burnout nos membros da sua equipa, bem como desenvolver programas destinados aos colaboradores sobre a gestão destes fatores.
Sabemos que vão assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental com uma iniciativa. Pode contar-nos?
No Dia Mundial da Saúde Mental, 10 de outubro, a Lundbeck quis reforçar o seu compromisso com todos os doentes que sofrem de distúrbios mentais. Na véspera da efeméride levámos a cabo uma iniciativa interna em que desafiámos o nosso principal ativo, os nossos colaboradores, a partilharem os seus desejos para o futuro da área da saúde mental num gigante laço verde (símbolo da saúde mental). A adesão à iniciativa foi enorme e foi emocionante ver o espírito que transpira de cada um de nós na perseguição da nossa missão de melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de doenças do Sistema Nervoso Central, para que cada pessoa possa estar no seu melhor.
Mais recursos, melhores cuidados assistenciais, melhoria no acesso a serviços locais de apoio e a articulação entre eles e diminuição do estigma em relação à saúde mental, são exemplos dos desejos manifestados por todos nós.
Também foi destacado o desejo de implementação de políticas para manter uma boa saúde mental, em vez de apenas nos concentrarmos em tratar a fase aguda das doenças mentais, como tem sido até agora a prioridade. Na Lundbeck somos ambiciosos e o nosso maior desejo é alcançar uma “Saúde Mental para todos” – o mote do nosso evento -, para que todos os doentes, em qualquer lugar do mundo, possam recuperar a sua vida plena de sonhos e a possibilidade de os concretizar pela vida fora.
Quais são os objetivos da Lundbeck em Portugal ao nível de negócio?
A Lundbeck dedica-se há mais de 100 anos exclusivamente ao desenvolvimento e investigação de medicamentos inovadores para doenças mentais como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, Doença de Alzheimer, doença de Parkinson e transtorno do uso de álcool.
Existem ainda muitas necessidades não satisfeitas nestas patologias. O nosso principal objetivo é colocar no mercado novas opções terapêuticas, mais inovadoras, mais eficazes e com um perfil de segurança mais vantajoso, fruto da investigação contínua ao longo dos últimos anos e que estejam acessíveis a todos os doentes que delas necessitem.