O forte dinamismo e crescimento do setor de Tecnologias da Informação (TI) tem sido uma grande tendência nos últimos anos e o mercado português tem vindo a ser a grande aposta das empresas multinacionais. Este forte interesse deve-se, em grande parte, à crescente digitalização, ao know-how da mão-de-obra nacional e aos valores salariais competitivos comparados com a média europeia.
Matilde Moreira, Head da Hays Technology Portugal, refere que “à semelhança de anos anteriores, tem-se mantido o cenário de um mercado liderado pelo candidato, onde a procura supera a oferta. Há pouco talento disponível para colmatar as necessidades do setor. As empresas enfrentam ainda desafios relacionados com a retenção destes profissionais, principalmente devido à forte competitividade do mercado”.
Do lado dos candidatos, estes valorizam:
“projetos globais, complexos e com continuidade, sendo um aumento do pacote salarial também importante numa mudança. Outra tendência a destacar está relacionada com o aumento da transferência de centros tecnológicos internacionais para Portugal”, acrescenta Matilde Moreira.
A crescente aposta na transformação digital faz com que grande parte das empresas estejam a desenvolver os seus departamentos de Tecnologia, apostando em soluções mais inovadoras. Além disso, a necessidade de ter aplicações mais flexíveis, escaláveis e de fácil acesso, aumentou a procura por serviços da Cloud.
Perfis mais procurados em 2022
- Machine Learning
- Cloud Engineer
- CRM
- CyberSecurity Analyst
- PMO/Scrum Master
- NodeJS Developer
- SAP FI
- Business Analyt
Nos perfis mais difíceis de identificar, seja pela pressão de mercado ou por ser uma área de nicho, encontramos perfis de Software Development de uma forma geral, SAP FI, Cybersecurity, CRM (essencialmente Salesforce), Cloud Engineers e Scrum Master. Os principais desafios ao recrutar estão ligados a desfasamentos salariais e motivação dos candidatos para considerar novos projetos e muitas vezes, à incapacidade de gerir processos de recrutamento de forma ágil.
Perspetivas para este ano
“A aposta em Data & Analytics, com especialização em Machine Learning e Inteligência Artificial, numa lógica de automatização dos processos e auxilio na tomada de decisões, continuarão a ser uma prioridade de investimento no próximo ano. A adoção de regimes de trabalho remoto nesta área também deverá intensificar a procura por parte das empresas sediadas em outros países por candidatos portugueses”, esclarece Matilde Moreira.
“Isto exigirá um esforço maior das empresas nacionais, para se manterem competitivas, quer ao nível dos salários, dos projetos ou da possibilidade de trabalho remoto. Além disso, a tendência de transferência de centros de excelência para Portugal deverá aumentar este ritmo competitivo”, conclui.
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