A (R)evolução Mindful: 5 razões porque o Mindfulness é a nossa maior esperança para a mudança social e organizacional
“A qualidade da nossa atenção determina a qualidade do nossos resultados” defende Otto Scharmer, professor no MIT e autor de Theory U. Num mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) todos estão a exigir mais e melhores resultados, mas o que normalmente vemos a acontecer é precisamente o oposto. O nosso modo de viver hiperconectado e a alta velocidade está a tornar-nos seres humanos mais stressados, superficiais e com dificuldade em oferecer “esses” bons resultados.
Então, como podemos nós inverter esta tendência? Como podemos criar condições para que cada ser humano possa manifestar o seu “EU” (com E maiúsculo) e o seu “Trabalho” (com T maiúsculo), contribuindo desta forma para um mundo melhor para todos nós?
Acredito realmente que a que resposta está numa técnica com (pelo menos) mais de 2.500 anos: a meditação mindfulness.
O que é?
Uma forma simples de descrever o que é mindfulness é estar aqui e agora, totalmente presente no momento. Jon Kabat-Zinn, diretor executivo do Centro de Mindfulness na Medicina, Saúde e Sociedade e um dos maiores responsáveis pela emergência deste movimento no Ocidente, descreve mindfulness como “a consciência que surge ao prestarmos atenção de determinada maneira: de propósito, no momento presente e sem julgamentos”.
Massa crítica
O mindfulness é cada vez mais um movimento de massas que atinge várias esferas da nossa sociedade. Em 2014 atingiu um ponto de inflexão, sendo tema de capa da revista TIME e da prestigiosa revista Scientific American. O que até há uns anos era uma prática restrita a alguns grupos religiosos, new age ou esotéricos, está agora a ser usado em diferentes áreas tão diversas e abrangentes como:
– ciência (em áreas como a neurociência, a epigenética e a psicologia);
– saúde (aplicado com sucesso no tratamento de diversas patologias do foro mental e também do físico, por milhares de instituições, como a Universidade de Medicina de Harvard)
– empresas (ex: Google, Apple, Santander e SAP entre muitas outras);
– liderança (ex: Arianna Huffington e Bill Ford);
– educação (não só em centenas de escolas mas também em instituições de “de ponta” como o MIT Sloan Leadership Center ou a Harvard Business School);
– desporto (a equipa de Ginástica Olímpica dos Estados Unidos, a equipa “sensação” da NFL Seattle Seahawks e até Phil Jackson, ex-treinador da NBA);
– política (é oferecido aos colaboradores do parlamento inglês e faz parte nuclear da proposta do congressista americano Tim Ryan para criar uma “nação mindful”);
– alta finança (ex: o Fórum Mundial de Economia de Davos desde 2014);
– forças militares e de segurança (ex: US Navy, US Army e a polícia de Wisconsin);
– média (o tema tem sido abordado um pouco por todo o mundo– TIME Magazine, Huffington Post, Forbes, New York Times, WIRED, BBC, etc.)
POR: Vasco Gaspar – Human Flourishing Facilitator
Leia mais na edição nº 100 da RHmagazine.