O ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o terceiro trimestre do ano, divulgado esta segunda-feira, revela uma projeção líquida de emprego de 12%. O setor das finanças, seguros, imobiliário e serviços deverá ser o mais ativo, destronando o da restauração e hotelaria.
À semelhança dos resultados relativos aos trimestres anteriores, as perspetivas de contratação dos empregadores portugueses, para os próximos três meses, “continuam otimistas”, avança a ManpowerGroup, que divulgou, esta segunda-feira, o ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o terceiro trimestre do ano. A projeção líquida de emprego para o período compreendido entre julho e setembro fixa-se nos 12%, menos 1 ponto percentual (p.p.) face ao trimestre anterior, mas que, “ainda assim, indicia um aumento das oportunidades de emprego em Portugal”, nota a empresa de recursos humanos.
São mais as empresas portuguesas (80%) que, no terceiro trimestre de 2019, manterão os seus níveis de contratação, comparativamente com as que preveem aumentar as suas estruturas, que surgem em menor número (15%). Apenas 3% das 625 organizações auscultadas pela ManpowerGroup em Portugal estimam despedir colaboradores.
Em 2018, o setor da restauração e hotelaria liderava as projeções de criação de emprego. Já este ano, e segundo o estudo trimestral que recolhe as intenções de contratação de 59 mil empregadores em 44 países, “o setor das finanças, seguros, imobiliário e serviços deverá ser o mais ativo no que toca a contratações, já que os empregadores revelam uma projeção de criação líquida de emprego de 26%”, para os próximos três meses. Mas os indicadores são, também, “bastante positivos” para o setor dos transportes, logística e comunicações (24%) e da restauração e hotelaria (25%). Segue-se o setor da construção (14%), o setor público (10%), da agricultura, florestas e pescas (8%), de fornecimento de eletricidade, gás e água (6%), do comércio grossista e retalhista (3%) e da indústria (2%).
Grandes empresas lideram as projeções líquidas de emprego
As grandes empresas são as que mais irão contratar, já que, de acordo com o estudo, apresentam uma projeção líquida de emprego de 34%. A ManpowerGroup destaca a “subida considerável nas previsões de contratação nas microempresas, que, este trimestre, revelam uma projeção para criação líquida de emprego de 6%, 4 p.p. mais elevada que no segundo trimestre de 2019”. As médias empresas estimam uma criação líquida de emprego de 14% e as pequenas empresas são as que, face ao período homólogo, mais reduziram as intenções de contratação, que se fixam nos 7%.
Região Centro estima maior criação de emprego no verão
O ManpowerGroup Employment Outlook Survey atribui aos empregadores da região Centro do país as “melhores perspetivas” de criação líquida de emprego, que se fixam nos 14% para o período de verão. No Norte e Sul, as empresas mostram intenções de contratação um pouco mais moderadas, situando-se a projeção de criação de emprego nos 10%. Na região da Grande Lisboa, a projeção é de 12% e no Grande Porto de 8%.“Uma vez mais, a época de verão confirma-se como um dos períodos com mais fortes perspetivas de contratação por parte das empresas. Se a este contexto unirmos os reduzidos valores da taxa de desemprego atualmente em Portugal, torna-se claro como a atração e retenção de talento são desafios cada vez mais importantes para as empresas portuguesas”, afirma Raúl Grijalba, managing director da região mediterrânica da ManpowerGroup.