POR:
Fátima Silva – CEO Globalis Viagens e Eventos Corporativos
Covid-19: Sendo o setor das viagens corporativas e turismo bastante sacrificado com esta pandemia, o que podemos antever em termos de mudanças para o mesmo?
No início da pandemia COVID-19 registou-se uma quebra abrupta na marcação de novas viagens e eventos, ao mesmo tempo houve um aumento extraordinário de alterações das viagens e eventos. Uns, porque pretendiam antecipar, outros porque pretendiam adiar.
Gerimos dificuldades de contacto e atrasos nas decisões de regressar, aeroportos, portos e fronteiras fechadas, esgrimimos argumentos com as Companhias de Seguros, fizemos chegar fundos a quem deles necessitava, fizemos reservas, cancelamos reservas, emitimos bilhetes anulámos bilhetes, etc., etc., etc.
Cumprimos com sucesso o repatriamento, em segurança, das largas dezenas de passageiros, que tínhamos a viajar pelos 4 cantos do mundo. Assumimos a responsabilidade e garantimos o regresso de todos em segurança, fazendo jus à nossa missão que é “estar sempre, onde o cliente precisa de nós “.
Hoje, é um facto que as agências de viagens conseguiram desempenhar um papel determinante na resolução das diversas contingências que resultaram deste evento.
O regresso à dita “normalidade” depende da forma como as companhias aéreas irão reagir a esta crise sem precedentes, ou como a hotelaria será obrigada a delinear políticas sanitárias e o impacto que terão nas taxas de ocupação e preço, entre outras questões que se colocam a todos prestadores de serviços de viagem…
Vamos ver quem será o protagonista: a oferta ou a procura. Esta é a grande interrogação.
No caso das agências de viagens, e considerando o segmento das viagens e eventos corporativos, onde a Globalis opera, é nossa convicção que no futuro os fatores relevantes a ter em conta na gestão de programas/politicas de viagens das empresas, serão a proteção dos seus colaboradores e da própria empresa em ocasiões de risco.
A ausência de procedimentos claros relacionados com Risk Management como a situação que vivemos, forçaram as empresas menos assessoradas a criarem estratégias de última hora para lidar, em particular, com a situação da mobilidade, viagens de repatriamento e planos de proteção.
As agências de viagens corporativas têm a obrigação legal e o dever moral de garantir a segurança e conforto dos viajantes durante as suas deslocações profissionais. Será determinante estarmos preparados para ajudar o viajante de como agir em situações de acidentes, catástrofes, epidemias, doenças, cancelamentos, alterações, overbookings, roubos e perdas, etc. etc.
Deverão ser definidos critérios mínimos de segurança para viagens como por exemplo, a sua rastreabilidade, obrigatoriedade de contratação de seguro viagem, alojamento em localização segura, centralização em fornecedores específicos e reconhecidos.
As agências de viagens são as mais capacitadas para agregar este modelo que garante a segurança do viajante e da empresa. A inversão da tendência de compra avulso em vários canais de distribuição, em que é mais importante as preferências individuais do que os requisitos fundamentais de segurança e proteção, será uma realidade.
Em situações idênticas à que vivemos hoje, ou às que vivemos com o 11 de setembro, como fazer para localizar os seus colaboradores que reservaram as suas próprias viagens? Como saber quantos colaboradores estão em situação de risco?
A nossa missão é precisamente garantir que quer a empresa quer ao colaborador não são expostos a qualquer risco. A Globalis aposta em tecnologias que permitem aliar economia, facilidade, gestão e segurança às empresas e aos colaboradores, para permitir que estes concentrem os seus recursos nas tarefas mais críticas durante uma emergência.
Entre outros momentos já vividos, este é mais um exemplo de como as agências de viagens são diferenciadoras e importantes em momentos de crise.