Mudam-se os tempos e, com eles, as vontades. Se antigamente os empregos queriam-se para a vida, hoje são apenas diferentes etapas da mesma.
Enquanto os Boomers valorizavam a estabilidade de emprego, os Millennials vieram abrir novos caminhos que a Geração Z quer agora cimentar, assumindo uma maior disposição para mudar facilmente de emprego, o que cria desafios para quem os inclui nas organizações.
“Sabendo que, até 2030, cerca de 30% da força laboral será composta por Gen-Z’ers, é muito importante para as empresas conhecer o que os move e o que faz com que permaneçam nos seus postos de trabalho”, indica Rita Simões, National Manager da Kelly, acrescentando que “os empregadores devem estar dispostos a adotar iniciativas que valorizem questões como a conciliação da vida profissional, familiar e pessoal por ser cada vez mais uma prioridade de relevo; tal como a oportunidade de progressão não só na carreira mas nos conhecimentos que adquirem e, por fim, ações que espelhem o propósito e valores da organização onde trabalham”.
Desta forma, é aconselhável para empresas alinharem os seus valores e preocupações com aqueles que serão os seus próximos colaboradores. Para ajudar as organizações a captar e a reter estes talentos, a consultora de recursos humanos Kelly lista algumas dicas que balizam o modelo de trabalho preferido pelos mesmos:
1. Contratar sem experiência anterior: É mais fácil ensinar as fórmulas do Excel do que outras competências humanas, como a empatia. Contudo, são muitas as empresas que continuam a procurar jovens com experiência para ocupar os lugares mais baixos das suas hierarquias, incluindo estágios. Esta prática só irá dificultar a inclusão de novos trabalhadores, enquanto que se perpetua uma imagem datada que nenhuma empresa quer ter aos olhos dos mais jovens. Por isso, a melhor sugestão será uma contratação que garanta conhecimentos-base da função a desempenhar, mas muito mais focada na pessoa do que no profissional.
2. Adotar um regime flexível: O que antes era sonho, agora é realidade. Com a pandemia, a dicotomia casa-trabalho ficou suspensa e a flexibilidade no local de trabalho já se tornou num requisito para muitos dos novos profissionais. Da mesma forma, estes esperam dos seus empregadores um work-life balance que lhes permita uma gestão mais eficaz do tempo para os dois planos da vida: o profissional e o pessoal.
3. Destacar a inclusão e o bem-estar: Todos diferentes, todos iguais. Esta geração demonstra-se muito direcionada para os valores da diversidade, da equidade e da inclusão, logo procuram empresas cuja essência celebre este propósito diariamente.
4. Integrar na cultura da empresa: Após o recrutamento, torna-se vital realizar um bom onboarding do novo colaborador, estabelecendo logo à partida o tom de voz e os ideais que definem a mensagem da organização. Investir tempo e energia no planeamento da sessão de integração facilita a criação de uma ligação verdadeira não só com a chefia, mas também com os novos colegas.
5. Promover a aprendizagem e o desenvolvimento: O conhecimento não ocupa espaço. Com a volatilidade do mercado de trabalho é uma mais-valia manter uma formação atualizada e a geração Z acredita que uma aprendizagem contínua é um elemento crucial para ter sucesso profissional. Assim, é importante certificar-se de que a empresa tem iniciativas que estimulem o conhecimento e o crescimento contínuo, fortalecendo a vontade destes colaboradores para se manterem na organização.
Estes e outros conselhos relacionados com o mundo do trabalho podem ser encontrados no blogue oficial da Kelly em Portugal.
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