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Ana Bispo Ramires, coach de alta performance: “A minha missão é desenhar um contexto que favoreça a saúde mental e excelência na organização”

Licenciada em psicologia clínica, com especialização em desporto e performance, Ana Bispo Ramires trabalha há mais de duas décadas ligada à psicologia do desporto e da alta performance. Motivada em promover competências e ajudar pessoas a serem a sua melhor versão, a especialista criou, em 2020 o Grupo de Atuação em Psicologia e Performance - o GAPP- que, entre outros serviços prestados, realiza um trabalho de consultoria junto das organizações, para ajudar os seus colaboradores a potenciarem as suas competências psicoemocionais e, por consequência, alcançarem uma melhor performance no dia-a-dia.

IIRH Por IIRH
9 de Fevereiro, 2023
em PESSOAS
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gapp
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Conte-nos como se iniciou este seu percurso de coaching de alta performance junto das empresas.

Licenciei-me em psicologia clínica, mas concluí a formação em psicologia do desporto. O que me mobiliza, desde sempre, é a promoção de competências, sob a lógica de melhoria de processos e qualidade de vida. No entanto, na altura em que me formei, a psicologia estava ainda muito virada para a doença mental, apenas.

Acabei por trabalhar durante vários anos com o desporto de alto rendimento e a certa altura fui recrutada por uma empresa espanhola chamada Make a Team. A Make a Team aplicava o modelo de treino de competências psicológicas do treino de alto rendimento nas empresas.

Aceitei o desafio de trabalhar com esta empresa, pois acreditei que aquilo que eu já preconizava junto dos atletas de alto rendimento poderia ser transferido para o tecido empresarial, uma vez que as próprias organizações têm um ambiente de alta performance.

Todo o ser humano, num contexto onde tem de entregar algo e está sob avaliação, tem sempre pontos onde pode melhorar e, na sociedade portuguesa, existe alguma dificuldade em nos ativarmos para buscar conhecimento e otimizar as nossas competências nas diferentes esferas da vida: Pessoal, Familiar, Social e Profissional.

Aliado a todos estes fatores, há mais de duas décadas deparei-me com o trabalho de Jim Loher e Jack Groppel (respetivamente, psicólogo desportivo e nutricionista a trabalhar em alto rendimento) que desenvolviam um modelo de atuação com muitas semelhanças à minha própria forma de estar no terreno. Estes autores desenvolveram um conceito nos EUA chamado “Corporate Athlete”, o que reforçou ainda mais a convicção de que o trabalho que eu já levava a cabo nas organizações era, de facto, uma tendência a nível até mundial.

A minha missão, junto das empresas, é trabalhar com todos os trabalhadores (desde os altos quadros, aos restantes colaboradores), de forma a conseguir desenhar um contexto que favoreça a saúde mental e excelência na organização.

Como surge, nesse sentido, o GAPP?

A psicologia do desporto e da performance, em Portugal, tem alguns fossos entre gerações. Há mais de 20 anos, o desporto não incluía a disciplina da psicologia de forma sistematizada na preparação desportiva dos atletas, o que levou a uma grande escassez de profissionais em psicologia do desporto com um elevado grau de experiência na área à data de hoje. Devido a esta falta de profissionais, em Portugal começámos a assistir ao surgimento de pessoas com formação não especializada (ex: coaches), que acabam muitas vezes, por isso, por prejudicar mais a saúde mental dos atletas, do que propriamente ajudá-los.

O GAPP surge assim, numa primeira etapa, para promover uma ação de ajuda em larga escala à comunidade, sobre o que deveria ser a nossa resposta comportamental face à pandemia COVID 19 (através da elaboração de um conjunto de manuais de orientação que foram disponibilizados de norte a sul logo nas primeiras semanas) e, posteriormente, aproveitando a sinergia criada entre os diferentes profissionais, para proporcionar visibilidade à psicologia do desporto e da performance, enquanto disciplina cientifica e modelo de intervenção e otimização de competências pessoais e profissionais e, ao mesmo tempo, quebrar alguns tabus ligados à saúde mental, promovendo-a.

O GAPP oferece uma equipa multidisciplinar, onde estão contempladas diversas áreas, incluindo a investigação. Tenho consciência de que a minha especialização não me permite acompanhar todo o tipo de clientes. Existem várias especializações dentro da área da psicologia e é fundamental identificarmos as necessidades de cada pessoa, para que depois a nossa equipa multidisciplinar consiga dar resposta às especificidades de cada individuo e/ou organização, otimizando os seus recursos para os propósitos que pretendem alcançar.

Poucas pessoas têm noção do elevado grau de trauma organizacional que existe em pessoas que passaram por experiências de liderança verdadeiramente traumatizantes. Se este episódio de trauma, que tem uma resposta psicossomática, não for resolvido, estas pessoas, ao longo da carreira, vão transportar e condicionar o seu comportamento nos diferentes níveis de hierarquia que encontram e, até, numa fase mais avançada, na forma como exercem a sua própria liderança.

Pode acontecer uma pessoa vir ao nosso encontro com o objetivo de otimizar as suas práticas de liderança e, ao identificarmos que existe presença de trauma, aquela pessoa é automaticamente direcionada para uma profissional do GAPP especialista em Psicoterapia EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), que é especialmente direcionada para casos de trauma. Neste tipo de casos, com algumas sessões tenta-se reprocessar a memória traumática específica, que está a funcionar como bloqueio ao desenvolvimento da performance, para que esta seja capaz de desenvolver uma melhor resposta aos diferentes contextos profissionais e pessoais que vai encontrar na sua vida.

No GAPP, regemo-nos pelo princípio da eficiência e, por isso, apoiamo-nos numa equipa de especialistas fixa, mas se nos depararmos com um caso com diferentes especificidades, procuramos um profissional com um know-how mais específico para colaborar connosco na otimização da saúde mental e recursos daquela pessoa.

Na prática, como se transfere o trabalho realizado com atletas de alto rendimento para o mundo empresarial?

O contexto empresarial é um contexto de elevada exigência no que respeita aos recursos que deveríamos dominar para nos mantermos saudáveis e com as nossas qualidades afetivas e cognitivas otimizadas – em tudo se assemelha ao contexto de alto rendimento desportivo.

Neste sentido, muitas das disciplinas científicas que dão suporte a um atleta de alto rendimento podem ser transpostas para os colaboradores das empresas com quem trabalhamos. A título de exemplo a maioria das pessoas desconhecem que basta estar com 1 ou 2% de desidratação para termos imediatamente consequências no rendimento cognitivo (ex: capacidade de pensar em perspectiva e gerar soluções/decisões). Donde, numa situação crítica, um líder que está a conduzir uma equipa pode ter a sua capacidade de tomada de decisão já estar comprometida e nem sequer notar. Mesmo que este líder considere que está e alcançar um bom rendimento, na realidade este poderia estar num patamar bastante mais elevado – aqui, o trabalho em articulação com um especialista em nutrição de alto rendimento revela-se profundamente transformador, porque estas e outras especificidades são avaliadas em detalhe, fornecendo feedback preciso às necessidades de cada líder (para nós, um “atleta”).

O que o GAPP faz é uma análise-base destas pessoas, que levamos a cabo para podermos entender os seus recursos psicoemocionais e energéticos (em termos da qualidade nutricional, do padrão de sono entre outras) e a partir daí é traçado um plano para uma otimização destes recursos nas suas diferentes esferas (profissional e pessoal).

No fundo, o nosso objetivo é ajudar as pessoas a melhorarem o relacionamento que tem consigo mesmas, com o(s) outro(s) e com o mundo, experimentando níveis de entusiasmo mais elevados , com mais intensidade, sustentados por uma regulação energética otimizada para conseguirem fazer face aos constantes desafios que uma sociedade “acelerada” nos impõe.

O alto rendimento está associado ao desporto, mas nas empresas existem pessoas cujo nível de desempenho, exigência e responsabilidade é, também, elevadíssimo aumentando o risco de exaustão. Na realidade, é importante que cada um de nós aprenda a gerir os seus próprios recursos, pois é uma responsabilidade individual que não devemos deixar nas mãos de terceiros.

Qual tem sido a abertura das empresas portuguesas ao coaching organizacional?

A pandemia veio expor o estado da arte da saúde mental em Portugal. Enquanto sociedade, temos níveis de literacia emocional muito baixos, que já existiam antes da pandemia – esta veio apenas alavancar esta realidade.

Se antes da pandemia já não estávamos bem em termos de saúde mental, ficámos piores depois. Durante os dois anos que passaram, assistimos a um agravamento das competências socioemocionais de crianças e jovens em diferentes fases cruciais de crescimento, pois estas encontravam-se em casa por detrás de um ecrã, mas também dos adultos, que deixaram de pôr em prática as suas competências socio-emocionais, outrora ativadas numa base diária.

É, por isso, importante que as empresas tomem consciência de que é mais vantajoso investirem na literacia emocional dos seus colaboradores do que depois tê-los, por exemplo, desmotivados ou de baixa anos depois. Ter um profissional de baixa e colocar alguém a substituir, com os mesmos níveis de rendimento, resulta num enorme esforço económico para as empresas.

A juntar a tudo isto temos, em muitas empresas, líderes incapazes de entregar uma liderança eficiente (no que respeita ao exercício das suas competências emocionais de forma consistente e sustentada no tempo), muito em particular num contexto onde as restantes pessoas exibem capacidades socioemocionais comprometidas numa conjuntura cada vez mais adversa socioeconomicamente, sem previsões de melhoria.

A recorrência destas situações conduz a um avolumado prejuízo financeiro, demasiadas vezes invisível no quotidiano, mas que poderia ser corrigido estrategicamente com a elevação das competências do capital humano existente nas organizações.

Claro que as pessoas não podem ser responsabilizadas por esta falta de competências emocionais, pois não tiveram a oportunidade de se exporem a contextos onde pudessem ser sujeitas a um programa de treino sistematizado das mesmas (o próprio sistema académico não privilegia ainda este tipo de aprendizagens).

As empresas, muitas vezes, gastam dinheiro a realizar atividades de teambuilding que não lhes trazem quaisquer benefícios em termos de motivação das equipas e resolução de conflitos, a médio longo prazo. Seria mais proveitoso investirem nos seus líderes, enquanto ferramentas de mudança e desenvolvimento organizacional, pois o seu papel deveria ser visto como o de “treinador” – alguém que capitaliza e eleva os recursos da sua equipa, conduzindo-a a desempenhos extraordinários.

Em boa verdade, dados os enormes desafios conjunturais que vivenciamos e que imprimem nos diferentes espectros da existência humana (pessoal e profissional) desafios e exigências de adaptação constantes, o treino de competências emocionais/comportamentais assume particular relevância, pelo que as empresas devem assumir a implementação deste tipo de processos, sob pena dos prejuízos para as mesmas poderem ser enormes.

Do ponto de vista das competências das pessoas com quem trabalha, onde identifica as maiores lacunas?

No GAPP, deparamo-nos com duas realidades diferentes: por um lado temos os CEO’s e as pessoas que assumem funções nos CA (conselhos de administração), que nos procuram para levarmos a cabo um trabalho individual de promoção de competências, e por outro lado temos uma intervenção mais sistémica, de mudança de cultura organizacional.

É curioso que, quem nos procura para desenvolver um trabalho individual, possui já um nível de competência emocional maior, pois são já capazes de identificar lacunas, áreas de melhoria e/ou risco de burnout e dão o passo de nos procurar. Estas pessoas vêm à procura de se gerir melhor energeticamente, porque foram capazes de identificar a necessidade de estar na sua máxima capacidade e reconhecem, muito facilmente, a importância de otimizar o seu lado de “corporate athlete”.


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