Com o mercado português desde sempre a operar a partir de Espanha, a ADP (Automatic Data Processing) está, neste momento, a criar uma equipa autónoma para Portugal. Em entrevista à RHmagazine, António Silva, Enterprise Sales Executive da ADP Iberia, fala das especificidades em que assentam as soluções de payroll da empresa.
Que soluções oferecem dentro do vosso serviço de payroll?
O Global Payroll da ADP incorpora duas grandes soluções: a ADP® Celergo, orientada para empresas com menos de 1.000 colaboradores, e a ADP GlobalView® Payroll, indicada para organizações com mais de 1.000 colaboradores. As duas são iguais no tipo de serviço e solução, diferenciando-se apenas no que toca às ferramentas utilizadas, que variam consoante a dimensão do cliente. Qualquer uma das ferramentas permite o outsourcing do processamento salarial, deixando de ser necessário alocar indivíduos para executar estas tarefas. Isto permite às empresas focarem-se no core business e libertarem-se das tarefas mais rotineiras.
A ADP assume a total responsabilidade do payroll, nomeadamente em termos de penalidades – por exemplo, se houver um esquecimento na entrega de um relatório obrigatório por lei. Caso seja culpa da ADP, assumimos a responsabilidade legal, pagando as indemnizações. Portanto, a ADP assume não só a tarefa como também a responsabilidade de compliance – em mais de 140 países do mundo (inclusive Portugal).
O que é necessário para garantir a conformidade regulamentar, de segurança, proteção de dados…
É uma conjugação de vários fatores: pessoas, processos e ferramentas. A ADP está diretamente presente com escritórios em cerca de 45 países; contudo, existem vários parceiros envolvidos no processo, nomeadamente em países mais pequenos. Contratualmente, a ADP assume total responsabilidade, cria todos os procedimentos para garantir que o cliente está em conformidade perante a lei. Ainda que as empresas possam utilizar os seus recursos e ferramentas, a metodologia é da ADP – e isso garante que tudo é cumprido.
E que metodologia é essa?
Face à metodologia da ADP, em todos os países é obrigatório fazerem-se dois processamentos: um primeiro virtual, de teste, e um segundo processamento real. Isto permite evitar erros. No que respeita a questões de segurança, é obrigatório que todos os clientes cumpram com vários critérios, para que estejam salvaguardados. Já no que toca a questões fiscais, a ADP tem uma metodologia baseada na estandardização – a maior parte das empresas são pressionadas pelo negócio a fazer exceções, e a ADP, em todos os países, cria uma metodologia standard, para evitar que existam essas exceções e para que tudo seja feito segundo as regras.
Como tratam a questão da barreira linguística?
O processamento salarial não deixa de ser uma questão específica de cada país, havendo a possibilidade de adaptá-lo à língua local. Nos contratos globais, há uma língua oficial: o inglês. Existe, também, uma infraestrutura informática que liga os vários sistemas, de forma a consolidar toda a informação.
Quando as empresas procuram os serviços da ADP, que principais desafios relatam?
Depende das empresas, mas sobressai a questão do controlo. Muitas das multinacionais, sobretudo quando se instalam noutros continentes, não são conhecedoras dos mercados e diferentes realidades. Por isso, procuram um parceiro que garanta que a informação que estão a receber é a correta, que garanta a conformidade com a lei local, evitando riscos de penalidades/multas. Há também a questão da escassez de recursos humanos, que se acentuou devido à pandemia. Normalmente, nas grandes empresas, há uma equipa dedicada apenas ao processamento salarial, que, com o apoio da ADP, pode ser alocada, pelo menos em parte, a outras tarefas, como a avaliação de desempenho, captação de talentos, etc.
A ADP permite integrar o payroll nos sistemas de gestão RH já existentes nas empresas?
Sim. Integramos com as soluções mais importantes e mais reconhecidas do mercado, como Workday, SuccessFactors, Oracle, entre outras.
A ADP implementa as suas soluções diretamente ou tem parceiros para o efeito?
Não temos parceiros implementadores. Porém, a estratégia da ADP é fazer processos “chave na mão”. O custo final do serviço já inclui o custo de implementação, que é garantida na totalidade por nós.
Integramos com as soluções mais importantes e mais reconhecidas do mercado, como Workday, SuccessFactors, Oracle, entre outras
O objetivo da ADP é transformar o difícil em fácil. O nosso grande diferenciador é a credibilidade, a segurança e a evolução tecnológica.
Que cuidados deve ter uma empresa que pretende externalizar o seu payroll?
Há que assegurar que os dados são fiáveis e tentar automatizar ao máximo o envio de informação, de forma a não dar margem para erro. A base de dados mais fiável é a do processamento salarial, porque quando há um erro, é fácil que todos os envolvidos se apercebam.
O que perspetivam para a ADP nos próximos anos?
Desde sempre que o mercado português operou a partir de Espanha. E, neste momento, está a ser criada uma equipa autónoma para Portugal, que aposte em empresas multinacionais portuguesas. Um dos nossos objetivos passa, efetivamente, por fazer de Portugal um nome relevante dentro da ADP.
O nosso grande diferenciador é a credibilidade, a segurança e a evolução tecnológica
Dados ADP
N.º de países em que atua: +140
N.º de clientes (a nível global): 1M
Principais clientes: Pfizer, Lenovo, GEICO, CISCO, Amazon, etc.
Ordenados processados anualmente: +40 milhões
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