95% dos portugueses quer continuar a trabalhar desde casa pelo menos um dia por semana, revelou um estudo realizado pela JLL nas últimas semanas junto dos profissionais.
Apesar de até aqui o teletrabalho não ser habitual na vida da maioria dos profissionais (66% não trabalhava remotamente) e não obstante a sua repentina implementação devido ao Covid-19, segundo este relatório, a esmagadora maioria dos portugueses considera que a solução ideal no regresso à normalidade pós-Covid é partilhar os dias de trabalho entre o escritório e a sua casa. Dois a três dias é considerada a dose ideal, sendo uma opção indicada por 57% dos inquiridos.
Entre as principais vantagens do teletrabalho apontadas pelos profissionais estão não ter que perder tempo nas deslocações (32%), não ter as interrupções constantes do escritório (27%) e ter uma agenda flexível (25%), além de ter mais tempo para a família (13%). Estas vantagens traduzem não só ganhos de produtividade, como também redução da pegada ambiental, melhor gestão do tempo e uma vida mais sustentável, valores alinhados com as novas gerações. De tal forma que o estudo mostra ainda que para 83% dos profissionais é relevante que uma proposta de trabalho passe a considerar o teletrabalho associado a uma agenda flexível, mostrando que estes podem ser importantes pontos para a captação e retenção de talentos.
De acordo com o estudo, a perceção sobre o teletrabalho é francamente positiva, com os inquiridos a considerar que esta forma de trabalho pode contribuir para uma melhoria no desempenho profissional (importante para 71% dos inquiridos), que não impede a progressão na carreira (69%) e que reduz o stress (57%).
Ainda assim, e apesar de todas estas vantagens, os inquiridos reconhecem algumas dificuldades neste conceito, apontando como inconveniente as tentações da casa (31%), a dificuldade de concentração devido à estrutura familiar (23%) e não ter um espaço adequado em casa (19%). A tecnologia como impedimento foi apenas apontado por 13% dos inquiridos.
Denominado «Remote Work em Portugal», este inquérito reuniu contributos de cerca de 1.100 profissionais acerca da sua experiência e desafios relativamente ao teletrabalho. A iniciativa teve como objetivo medir a perceção, adaptação e aceitação desta forma de trabalho, identificando paralelamente as suas vantagens e dificuldades.