Autor: Ricardo Carneiro, Diretor da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal
O responsável pela área de recrutamento especializado da Multipessoal, Ricardo Carneiro, indica a forma inteligente de abordar a seleção de novos profissionais e os elementos da “proposta de valor” que as empresas terão de saber construir.
Olhar para 2022 e pensar qual a forma inteligente de resolver os desafios das organizações em matéria de recrutamento é, desde logo, um exercício que passa por conhecer o mercado em que essas necessidades irão surgir, compreender verdadeiramente o grau de escassez ou abundância do talento que procuramos, construir uma estratégia de atração de candidatos e aprender através dos resultados alcançados.
Em linha com os últimos anos, o mercado mais qualificado apresenta falta de profissionais para a procura existente. Nesta realidade, a única forma de ter “recrutamento inteligente” em algumas áreas é, desde logo, ter a humildade de reconhecer que este é difícil.
Nesse sentido, ser inteligente de um ponto de vista empresarial é não desperdiçar tempo com tentativas de contratação mal orientadas para esta realidade, com propostas pouco atrativas ou com informações sobre as oportunidades sem o correto nível de detalhe. O processo de contratação tem de ter uma parte tanto de comercial como de marketing, que permita “vender” a empresa e “atrair” os candidatos certos para o projeto.
O processo de contratação tem de ter uma parte tanto de comercial como de marketing, que permita “vender” a empresa e “atrair” os candidatos certos para o projeto
A chamada “proposta de valor”, que muitas empresas procuravam no CV dos candidatos, deve agora fazer parte das empresas que procuram estas pessoas. As empresas devem construir esta proposta, com particular atenção aos seguintes aspetos:
- Considerar a importância de a sua empresa ter uma excelente imagem no mercado;
- Ter a capacidade de comunicar a estratégia, cultura e valores de forma fácil e transparente;
- Possuir um processo de recrutamento claro, com rapidez, com as fases estritamente necessárias;
- Equilibrar bem a informação que se pede e se dá ao candidato;
- Ter organizada uma política de compensações flexíveis em detrimento de uma política rígida e meramente assente na vertente salarial;
- Formalizar uma proposta enquadrada às expectativas recolhidas durante o processo de recrutamento, de preferência ligeiramente acima daquilo que o candidato lhe pediu;
- Ter um onboarding que fomente não só a informação base para se iniciar uma função, mas também o orgulho que a organização sente na sua existência;
- Perceber que a retenção começa durante e após o recrutamento, pois perfis escassos vão continuar a sofrer abordagens após terem entrado na sua empresa!
Ser inteligente é também estar um passo à frente dos outros e, por isso, as empresas que demonstrarem essa atitude certamente irão ganhar a corrida pelo talento.
Artigo publicado na edição n.º 137 da RHmagazine, referente aos meses de novembro/dezembro de 2021.
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