Custos dos seguros de saúde das empresas aumentaram, em média, 9,5% em 2017, quase três vezes mais que a taxa de inflação estimada. A conclusão é do mais recente estudo da Mercer Marsh Benefits, divulgado ontem.
Os custos médicos de planos privados aumentaram, em 2017, quase três vezes mais do que a inflação na maioria das principais economias. A conclusão é do novo estudo da Mercer Marsh Benefits, que revelou que os custos dos planos de saúde oferecidos pelas empresas continuam a ser superiores à taxa de inflação e que aumentaram, em média, considerando os 62 países inquiridos, 9,5% no ano passado.
Segundo o estudo Medical Trends Around the World 2018, “adotar estratégias integradas de saúde e bem-estar apoiadas em ferramentas digitais e de tratamento de dados, será um fator crítico na gestão dos custos cada vez mais elevados dos programas de benefícios de saúde para as empresas”. Atualmente, uma em cada seis seguradoras, através dos respetivos sites, não possibilita a apresentação de reclamações digitais. A consultora aconselha as empresas e seguradoras a “investirem em ferramentas digitais e de análise de dados”.
De acordo com o estudo, as organizações têm “uma oportunidade para melhorar a gestão dos custos de saúde e aumentarem os resultados dos seus colaboradores”, com o investimento em programas preventivos. Os dados indicam que apenas 14% das empresas oferecem programas de prevenção aos seus trabalhadores. A saúde mental é considerada o terceiro maior fator de risco pelas empresas, que não estão a responder de forma efetiva. Cerca de 40% das seguradoras referem que os planos médicos de colaboradores não providenciam acesso a aconselhamento personalizado.
“Com o aumento dos custos de saúde, as empresas questionam-se sobre a constituição e manutenção dos seus programas”, afirma Paulo Fradinho, business leader da Mercer Marsh Benefits em Portugal, citado no comunicado enviado às redações. “Os seguros de saúde estão num processo de mudança que irão beneficiar os clientes. O estudo evidencia a nossa antiga convicção de que é necessário investir muito mais no digital e no tratamento de dados. Se forem feitos progressos nesta área, as empresas estarão melhor preparadas para satisfazer as necessidades dos seus colaboradores e atingir o objetivo maior de um serviço de saúde mais acessível e focado na qualidade para todos”, explica.