Com base na recente publicação em Diário da República das tabelas de retenção na fonte sobre o IRS (apenas disponíveis para o Continente), a empresa especializada em finanças pessoais e familiares disponibilizou um Simulador de Salário Líquido para 2020.
Com este simulador, é possível perceber de forma intuitiva o real impacto destas alterações no dia a dia de cada um. “Quando falamos do nosso Salário, ficamos todos muito atentos. Existe uma diferença substancial no valor que está declarado no contrato e o valor real que levamos para casa todos os meses. Com este simulador é muito fácil fazer os cálculos. Em poucos passos, conseguimos perceber o valor do nosso salário líquido e com isso fazer um planeamento mais acertado das nossas finanças”, refere Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.
Para fazer os cálculos corretamente, é apenas necessário saber o valor do salário base e como são pagos os subsídios de férias e de Natal (se por inteiro, se em duodécimos), bem como o subsídio de alimentação – se é através de cartão refeição, ou se é pago como remuneração. Por outro lado, o estado civil e o número de filhos ou os rendimentos extraordinários também têm impacto nos cálculos, pois estão relacionados com as tabelas de retenção na fonte agora publicadas em Diário da República.
O impacto das alterações do IRS no rendimento líquido mensal depende de cada caso. Os salários até aos 659 euros ficam isentos de qualquer desconto para o IRS (até agora apenas estavam isentos os rendimentos até 654 euros).
Por exemplo, uma pessoa solteira e sem filhos, com um rendimento bruto de 1.000 euros e pagamento dos subsídios de férias e Natal a 100%, com cartão refeição (7,63 euros) ganhava 940,86 euros líquidos. Agora, vai passar a receber 941,86 euros, ou seja, mais 1 euro por mês.
Já uma pessoa, casada, com dois filhos e um rendimento bruto de 2.000 euros (subsídios pagos a 100%) e o subsídio de alimentação pago através de cartão (7,63 euros) recebia 1.541,86 euros. Com a atualização das tabelas passa a auferir mais dois euros para um total de 1.543,86 euros.
Se se tratar de uma pessoa casada, com um filho e um rendimento bruto de 1.000 euros e o pagamento dos subsídios de férias e Natal em 50% em duodécimos, auferia um salário líquido de 1.001,95 euros. Isto se o subsídio de alimentação for pago em cartão e for o limite máximo diário para isenção de TSU e IRS (7,63 euros). Com as novas tabelas passa a ganhar mais um euro por mês.