A concorrência por quadros qualificados é cada vez mais intensa e os colaboradores estão cada vez mais exigentes em relação à qualidade de vida no trabalho. Num mercado tão competitivo, as empresas que não investem na experiência do colaborador enfrentarão sérias dificuldades no recrutamento e na permanência de quadros.
Foi a pensar nestes desafios que Sandra Pedro e Juliana Gonçalves criaram, em 2012, o AMMA Lab, um Laboratório de Negócios e Liderança Conscientes, com o propósito de Transformação dos Negócios pela Transformação das Pessoas.
“Estamos num período de grandes mudanças. Com a pandemia, as pessoas passaram a valorizar aquilo que é realmente importante para elas, incluindo a sua saúde mental. Além disso, temos o envelhecimento da população e as gerações mais novas a entrar no mercado de trabalho, com uma postura e expectativas diferentes daquelas que as empresas estavam habituadas”, refere Sandra Pedro, idealizadora e Chief Purpose Officer do AMMA Lab.
Multiplos estudos apontam para uma crescente desmotivação dos colaboradores devido a lideranças e ambientes tóxicos, consequente degradação da saúde mental e física e das relações, sobrecarga de trabalho e pressão. Estamos a passar por uma época de incertezas e de desafios constantes, aos quais as empresas e os seus líderes terão de se adaptar rapidamente se querem estar na linha da frente.
“Muitas empresas já sentem os sintomas destas mudanças. Muitas registam uma alta rotatividade de profissionais ou não conseguem encontrar profissionais que queiram trabalhar nelas. Outras apresentam um baixo índice de envolvimento e um elevado índice de presentismo. Outras ainda vivem com uma cultura organizacional e modelo de gestão de há 30 anos. Situações que se tornam insustentáveis para as empresas e coloca-as em sérias dificuldades de sobrevivência, devido aos elevados custos que representam”, salienta Juliana Gonçalves, Chief Happiness Officer e cofounder do AMMA Lab.
As empresas que desejam atrair e reter os melhores profissionais precisam investir na experiência do colaborador. Isso pode incluir oferecer salários e benefícios competitivos, fornecer um ambiente de trabalho positivo e colaborativo, oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal e fornecer um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Além disso, a cultura da empresa deve ser orientada para a criação de um ambiente de trabalho saudável, inclusivo e ético.
As empresas que não se esforçam para oferecer uma experiência positiva para os seus colaboradores podem enfrentar sérias dificuldades no recrutamento e na permanência de quadros. Num mercado altamente competitivo e global como aquele em que estamos hoje inseridos, os profissionais qualificados têm muitas opções e as empresas que não se destacam pela qualidade de sua experiência do colaborador correm o risco de ficarem para trás.
A ausência de uma cultura organizacional focada no relacionamento com todos os stakeholders, com uma visão clara de futuro e com base num Desenvolvimento Sustentável, a partir de uma liderança consciente, trará grandes desafios. As empresas que não tiverem uma estratégia de negócio que englobe a experiência do colaborador, integrada nos princípios de ESG e de comunicação não irão sobreviver nos próximos anos.
“Eu noto uma falta de visão global do propósito dos negócio e que estes só são possíveis com Pessoas, seja elas colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros, investidores ou accionistas. Todos são Pessoas, não são máquinas”, refere Juliana Gonçalves.
“A nossa mente tem estado muito centrada no desempenho financeiro e esquecemo-nos de quem faz girar a máquina: as Pessoas. Isso está a deixar-nos doentes e a repensar valores e escolhas. A grande maioria das empresas – ou seja, gestores e líderes empresariais – não estão preparados para fazer face a isso. Investimos muito nas competências técnicas e esquecemo-nos as competências humanas. Hoje e no futuro, com a tecnologia a se fazer cada vez mais presente da nossa vida, as competências humanas são cada vez mais valorizadas e necessárias. No AMMA trabalhamos a interconexão dessas duas valências: a técnica e a humana”, completa Sandra Pedro.
O AMMA Lab presta serviços de assessoria e bem-estar pessoal e corporativo, organiza workshops, palestras, cursos e eventos corporativos divididos em três grandes áreas centradas em human skills: transformação do negócio (propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão) e liderança consciente (inteligência emocional e inteligência positiva), comunicação (employer branding e comunicação interna) e bem-estar pessoal e corporativo.
“As empresas são pessoas. O nosso foco é nas Pessoas, enquanto profssionais e pessoas, e no Negócio. Queremos trazer as pessoas para o centro das empresas, seja como colaboradores, clientes, parceiros, fornecedores, investidores… não importa. Quando desenvolvemos as suas competências humanas estamos a desenvolvê-los como profissionais e a agregar valor às suas competências técnicas. Estão interligados. Se um elo se quebra, os restantes ficam enfraquecidos e acabam por, também eles, quebrarem”, conclui Sandra Pedro.
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