por: Carla Paulo Vaz – Executive Coach, Consultant & trainer
Muitos dos executivos de hoje sentem desequilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal. As emoções são a chave para um ser humano equilibrado, saudável e positivo, em qualquer papel que exerça na sua vida. O Coaching Estratégico® orienta-o a estar em equilíbrio consigo, potenciando a sua performance!
Muitos são os estudos que se fazem acerca do equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal. Na generalidade, tanto homens como mulheres têm dificuldade em manter um equilíbrio saudável e constante nestes dois aspetos da vida. Estudos recentes da Harvard Business Review (março de 2014) revelam que são os executivos de topo de hoje que mais dificuldades têm em gerir este balanço. A solução que estes executivos encontram é conseguirem estar mais focados se fizerem escolhas que sejam oportunidades para ambos os aspetos, profissional e pessoal. Os resultados deste estudo indicam ainda que quem faz a gestão do seu próprio capital humano desta forma consegue atingir um elevado grau de satisfação profissional e pessoal.
Mas então, tendo uma solução, porque é que mesmo assim esse equilíbrio é tão difícil de conseguir e de manter?
Compreender o equilíbrio humano
O equilíbrio de cada um de nós passa pela harmonia entre o lado físico, mental e emocional. Para manter esse equilíbrio, estes três lados devem ajudar-se naturalmente entre si. Se um dos lados está em desequilíbrio pode ameaçar os outros como acontece muitas vezes, entrando em desarmonia até com a própria personalidade do indivíduo.
A maioria de nós cuida do seu lado físico, tentando à sua maneira ser saudável. A maioria dos seres humanos cuida também do seu lado mental, treinando a memória e raciocínio, através das várias ferramentas que temos disponíveis no nosso dia a dia. E o que se passa com o lado emocional? Cuidamos nós dele como cuidamos dos outros dois? De facto cada um de nós evita, à sua maneira, viver as emoções, de forma consciente ou inconsciente.
Para conhecer-se a si mesmo a um nível mais profundo e estar em equilíbrio, torna-se cada vez mais necessário permitir que as emoções atinjam a superfície da consciência, para poder entender essas emoções e amadurecê-las. Muitos de nós resistem, outros contactam com as dificuldades para superar essas resistências, outros estão conscientes dessas resistências e outros ainda estão tão envolvidos na resistência que não se apercebem dos obstáculos que colocam no seu caminho. O que nos leva a ter esta resistência?
A recusa de uma inteligência emocional saudável
A natureza emocional do homem inclui, por um lado, a capacidade de sentir. A capacidade de experimentar o sentimento é sinónimo da capacidade de dar e receber felicidade. Então, quando há uma recusa de experienciar uma emoção, estamos a fechar a porta à experiência da felicidade. Por outro lado, a natureza emocional do homem inclui também a capacidade criativa. Esta capacidade, contrariamente ao que muitos pensam, não é apenas mental e de cariz técnico, é um processo intuitivo. A intuição só funciona se o lado emocional for forte, saudável e maduro. Se recusarmos o crescimento emocional e o contacto com o sentimento, então o lado intuitivo fica bloqueado.
Existem estudos que revelam que um coeficiente de inteligência emocional saudável contribui para o sucesso profissional.
O grande objetivo de todos nós é alcançar a felicidade, o equilíbrio, mas se cultivamos as emoções imaturas elas levam-nos à infelicidade. Então, como estratégia, adotamos um segundo grande objetivo, que é evitar a infelicidade. Isto cria em nós a primeira crença: «se eu não sentir, não vou ser infeliz». Isto faz com que a pessoa, em vez de trabalhar as suas emoções negativas para um crescimento e amadurecimento, tornando-as saudáveis e positivas, suprima as emoções imaturas, retirando-as da consciência e enterrando-as, mesmo que não esteja ciente da sua existência. E isto passa-se com todos nós logo na infância.
Muitas vezes esta intenção não é consciente, ela é apenas uma estratégia para evitar a dor. E a partir daí a pessoa recua perante o trabalho, a vida, a experiência, isto é, perante tudo aquilo que faz a vida gratificante, rica e equilibrada. O resultado disto é que a intuição fica aprisionada, assim como as capacidades criativas. E a sensação de desequilíbrio instala-se silenciosamente, conscientemente ou não. Esta estratégia faz com que só utilizemos apenas uma parte ínfima daquilo que realmente somos.
Somos nós que provocamos este estado de insatisfação e somos nós que podemos mudar a situação, independentemente da nossa idade cronológica. Aquilo que não foi assimilado na experiência emocional e que foi reprimido será constantemente reativado pelas situações atuais que lembrem, de uma forma ou de outra, o que despoletou, no início, essa experiência não assimilada e que vão despoletar os conflitos.
Como restabelecer o equilíbrio humano
Quando trabalhamos as nossas emoções, através de técnicas de coaching estratégico, tornamo-nos cientes de que muitas vezes os sentimentos reais são bastante opostos ao que nos forçamos a sentir. Também entendemos melhor a interação entre nós e os outros e de que forma o padrão distorcido inconsciente teve sobre os outros um efeito exatamente oposto ao desejado. Isto dá-nos uma compreensão interna sobre o processo de comunicação. Só assim as emoções imaturas podem amadurecer e podemos construir emoções positivas para uma vida saudável e equilibrada, connosco e com todo o sistema que nos rodeia. As técnicas do coaching estratégico orientam na desconstrução das estratégias que arranjamos para nos «protegermos», trabalhando as emoções por forma que estas possam amadurecer.
Quando as emoções saudáveis se tornam confiáveis à nossa intuição, há uma harmonia entre as faculdades mentais e emocionais. Desviar os olhos de uma coisa não faz com que ela deixe de existir.
Por isso, quando sentimos o desequilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, é apenas o desequilíbrio em nós. Quando trabalhamos as emoções deixamos vir à superfície a pessoa que somos, ficando mais equilibrados, connosco e com os outros. Só depois de termos avaliado as emoções imaturas teremos a chave na mão para crescer e nos transformarmos num ser humano integrado e saudável.
Investir no equilíbrio dos recursos humanos
Nas empresas de sucesso, é comum perceber o grande foco nos recursos humanos como fator determinante para o aumento da produtividade dos negócios. Entre as estratégias de investimento, o Coaching Estratégico® tem-se mostrado junto das empresas de forma bastante forte, permitindo capacitar pessoas ao nível de competências comportamentais, trazendo consequências diretas no desempenho profissional das equipas e na sua produtividade, pela atuação de um equilíbrio saudável de cada recurso humano.