Um inquérito da multinacional analisou o impacto da Covid-19 nas organizações e nas políticas de gestão de talento.
A maioria das empresas em Portugal (83%) prevê uma quebra nos resultados de facturação este ano. Apesar disso, apenas 10% das organizações avançaram para cortes salariais, mas 31% já avançaram para o congelamento de salários.
O estudo revela ainda que 10% das empresas ajustaram os aumentos inicialmente previstos à nova realidade, revendo-os em baixa, 16% suspenderam promoções, 19% das empresas ponderam ainda fazê-lo e 3% reduziram também já outros benefícios em vigor na empresa. Já os incentivos de longo prazo são aqueles que,têm sofrido menos alterações, com apenas 5% das empresas a afirmar ter já realizado ajustes neste âmbito.
Segundo os resultados deste inquérito, os executivos são os mais impactados na redução salarial. Em Abril, 73% dos executivos inquiridos tinham sofrido um corte salarial. Nos restantes grupos, managers quadros intermédios, funções administrativas, manufactura, operações ou funções de apoio – a opção está a passar pelo congelamento de salários.
Apesar disto, 22% das empresas estão a assegurar a retribuição a 100% aos trabalhadores diagnosticados com Covid-19 e que estão impedidos de trabalhar, 13% estão a fornecer subsídios para apoiar os custos de wifi e outros dos trabalhadores em teletrabalho ou a fornecer programas de apoio (35%) que variam consoante as necessidades dos trabalhadores.
Em relação aos processos de recrutamento, 70% das organizações adiaram os processos de recrutamento, 14% diminuíram o recurso a serviços de outsourcing e 6% já realizaram uma reestrutação da sua força de trabalho.