Com 50 colaboradores permanentes em Portugal, a Astellas Farma é uma companhia farmacêutica focada nas áreas da Oncologia, Urologia, Transplantação, Anti-
Durante o confinamento, a prioridade desta organização, presente em Portugal desde 1967, foi promover a segurança dos colaboradores e “garantir que todos os doentes continuassem a ter acesso aos nossos medicamentos” de que necessitavam.
Falámos com Fátima Agostinho, HR operations cluster lead e HR business partner Portugal da Astellas Farma, que partilhou com o infoRH como foi feita a gestão de recursos humanos durante este período crítico de pandemia.
Que impacto a pandemia teve no modo de funcionamento da vossa organização?
A nossa prioridade foi proteger os nossos colaboradores e, por outro lado, garantir que todos os doentes continuassem a ter acesso aos nossos medicamentos.
Esta pandemia veio desafiar-nos no modo de funcionamento da Astellas nomeadamente na mudança para um contexto puramente virtual. As ferramentas disponibilizadas pela Astellas – tecnologias para videoconferência e outras formas de colaboração digital – e o compromisso de todos garantiu o funcionamento e cumprimento de todos os processos e a continuidade na cadeia de distribuição dos medicamentos a todos os doentes.
Alteram de alguma forma, a maneira como estavam habituados a atuar?
A forma como estávamos habituados a atuar já incluía uma forte componente virtual ou em modo de trabalho remoto. Esta pandemia criou também uma maior necessidade de comunicação e informação aos colaboradores não esquecendo um outro elemento que foi a necessidade de gerir situações pessoais e familiares num contexto de confinamento.
Estavam preparados para o regime de teletrabalho?
Na Astellas já existiam flexibilidade e ferramentas para o trabalho remoto pelo que esta transição para o teletrabalho não gerou grandes entraves à forma de trabalhar.
Como procuraram medir o desempenho dos profissionais neste período de teletrabalho? Ou essa não foi uma prioridade?
Na Astellas existe um processo robusto de avaliação de desempenho, pelo que a avaliação dos planos de objetivos manteve-se como anteriormente.
Para algumas áreas foram revistos estes objetivos e adequados à realidade vivida por todos.
A saúde mental dos profissionais foi muito discutida neste período de preocupação, incerteza e confinamento. Como é que na vossa empresa procura estar atenta a estas situações?
O bem-estar de todos os nossos colaboradores é a nossa prioridade principal. Reforçámos toda a nossa estratégia de comunicação com a criação de townhalls semanais onde são partilhadas as atualizações mais pertinentes no mercado e nos processos internos, havendo espaço para a partilha do momento vivido. Juntos criámos uma newsletter especial, na qual foi possível partilhar e registar esta fase da nossa vida.
Implementámos também um Programa de Apoio ao Colaborador, no qual colaboradores e família têm acesso (presencial ou virtual) a um conjunto de especialidades que permitem um melhor suporte na gestão do seu equilíbrio vida/trabalho (apoio Legal, financeiro, psicológico, nutrição, etc.)
Agora que já nos encontramos em fase de desconfinamento, tencionam regressar ao escritório, manter o teletrabalho total, ou trabalhar numa dinâmica mista? E o que querem os vossos colaboradores?
Aprendemos que dificilmente voltaremos a um formato exatamente igual ao que tínhamos na época pré-Covid19. A flexibilidade sempre existiu na Astellas e este princípio será mantido de igual forma.
Qual acha que foi (e está a ser) o principal papel dos recursos humanos durante esta crise?
O papel dos recursos humanos na gestão desta nova forma de trabalhar tem sido bastante desafiante : garantir a flexibilidade e agilidade para o desenvolvimento de novas competências, gerir pessoas à distância, dar resposta às diferentes situações pessoais, garantir a segurança dos colaboradores, manter as pessoas próximas num contexto de distanciamento social nunca esquecendo a motivação e o espírito de equipa.