A primeira edição do Global Talent Day já começou. Acompanhe aqui a conferência plenária.
O Pólo Tecnológico de Lisboa abriu as suas portas à primeira edição do Global Talent Day (GTD), promovida pelo IIRH – Instituto de Informação em Recursos Humanos, e a todos os participantes que, hoje, procuram saber mais sobre formação e desenvolvimento. Paulo Azevedo deu início a um dia que, considerando a sua sessão de abertura, será inspirador – palavra usada por Cristina Martins de Barros, managing director do IIRH, para descrever o discurso do keynote speaker do GTD.
Acompanhe aqui a conferência em direto:
13 de novembro, 2018 – 9h15
A conferência começa com Paulo Azevedo, com as suas palavras e exemplo de superação.
13 de novembro, 2018 – 10h15
Ricardo Fortes da Costa, managing partner da SDO Consulting, e Rui Carvalho, engagement manager da SDO Consulting, sobem ao palco para falar sobre o poder da imperfeição. Solicitam aos participantes a sua participação num jogo acerca de algumas conclusões do estudo que a consultora desenvolveu.
13 de novembro, 2018 – 11h00
Maria Júlia Nunes, CEO e fundadora da InSoul, começa por dizer que a revolução digital advém da Quarta Revolução Industrial e ambas são sobre pessoas, que, na sua conceção, são perfeitas e se encontram inter-conectadas. “As pessoas querem ser relevantes”.
Para a profissional, hoje, é-lhes exigida abertura, adaptação e ajustamento. “Todas as pessoas querem brilhar e todas brilham. A principal tarefa é remover as nuvens que estão em seu redor”, afirma. “Quando as pessoas são brilhantes, as empresas são bem-sucedidas”, destaca Maria Júlia Nunes, que alerta, no entanto, para a necessidade das pessoas se sentirem bem para que as empresas sejam totalmente bem-sucedidas.
A formação 4.0 deve, segundo a fundadora da InSoul, corresponder ao que foi proposto, melhorar e proporcionar resultados, responder às necessidades das pessoas e das empresas, dar respostas concretas e eficazes, acrescentar valor e motivar, recorrer a estratégias genuínas e coerentes que considerem o ecossistema de cada pessoa, qualificar e quantificar as necessidades e transmiti-las com clareza.
O talento é, para Maria Júlia Nunes, o bem mais precioso das pessoas. A profissional recorre ao World Economic Forum para mostrar a diferença entre as competências necessárias em 2018 e 2022. “São excluídas duas competências do domínio das soft skills e adicionadas duas relacionadas com a tecnologia”.
“A liderança deve ser a prioridade. Temos de preparar os líderes”, finaliza.
13 de novembro, 2018 – 11h35
Sobem ao palco para falar sobre o formando 4.0 Armanda Antunes, training manager da Uniplaces, Laura Simões, regional sales and strategic manager da Vorwerk, e Andreia Lopes, training and talent development manager do Lidl. A moderação será da responsabilidade de Maria Júlia Nunes.
13 de novembro, 2018 – 11h45
“No Lidl, é fundamental que todos percebam os nossos procedimentos”, explica Andreia Lopes. Por isso, todas as pessoas que entram na empresa passam pelas vendas. “São vendedoras”, realça a responsável pela formação e desenvolvimento do Lidl. Criaram recentemente uma plataforma de aprendizagem online e interativa. “É o que o colaborador 4.0 procura – aprender de forma divertida”, refere.
Na Uniplaces, e considerando o acelerado ritmo de aprendizagem, “tudo tem se der desenhado e implementado em função desse ritmo”, afirma Armanda Antunes. “É importante que haja um plano estruturado, que mostra às pessoas que há planeamento e que a empresa cuida da necessidade de formação, indo ao encontro do ritmo e das necessidades dos colaboradores”, explica. A startup recorre a formação disponível em vários devices, a qualquer hora do dia ou da noite, sob a lógica “eu aprendo, eu aplico”.
Laura Simões diz que o sucesso da Bimby em Portugal advém do facto de os seus agentes se sentirem parte da empresa. “Tudo isto se consegue porque temos formação e nos preocupamos em dar-lhes competências. As pessoas entram indiferentes e saem diferentes”, sublinha, acrescentando que “uma palavra de reconhecimento vale mais que qualquer prémio”.
“Os colaboradores pedem, nós ouvimos. Percebem, não só os millennials, que podem mudar o negócio e que há um propósito”, afirma Andreia Lopes. No Lidl surpreendem os profissionais através do reconhecimento e da atenção.
Ouvir e reconhecer são as palavras de ordem e que encerram a primeira mesa redonda do evento.
13 de novembro, 2018 – 12h15
Começa o debate sobre a melhor estratégia de formação corporativa, com Rui Mendes da Costa, head of learning and training da Galp Energia, Sandra Brito Pereira, head of knowledge da Jerónimo Martins SGPS. A moderação estará a cargo de Pedro Brito, partner da Mercer.
13 de novembro, 2018 – 12h30
Sandra Brito Pereira começa por dizer que no futuro será necessário ajudar as pessoas a conseguirem desenvolver uma gestão de diferentes stakeholders, sejam internos ou externos. “O que antigamente eram equipas mais homogéneas, são hoje equipas heterogéneas. A heterogeneidade, ou inclusão dos outros, é uma forma de abraçar a diversidade, sem medo e sem risco”, afirma.
É importante, hoje, aceitar o trabalho ainda não perfeito, semi-perfeito ou imperfeito, refere a responsável de conhecimento da Jerónimo Martins. “Vamos testar e aprender fazendo e tentar adaptar uma área que careça de algum acompanhamento. Em organizações como aquela onde trabalho não é muito fácil. Por isso, temo-nos associado a fóruns onde o erro e a aprendizagem fazem parte da equação normal. Associamo-nos a universidades e a startups“, explica Sandra Brito Pereira.
Para a profissional, hoje, devem ser encontradas formas criativas que permitam às pessoas acompanhar as tendências que referiu, em detrimento da utilização dos instrumentos tradicionais de formação.
“Nunca conhecemos o futuro”, começa por dizer Rui Mendes da Costa. “Na Galp queremos inspirar as pessoas. Temos de humanizar a organização, sem descurar o tema da transformação. Acrescentámos camadas ao que fazíamos com a nossa cadeia e tornámos a nossa aprendizagem mais holística. Estamos a criar uma estratégia baseada em customização. Estamos a apostar na experiência e na prática. Apostamos na inovação e na criatividade. Queremos criar culturas dentro da organização. Queremos que cada pessoa sinta que pode inovar. Apostamos na continuidade. Não podemos descurar o well-being. Queremos promover novas formas de estar e de pensar”, explica.
Para o responsável de formação da Galp Energia, a transformação digital corresponde a novas formas de trabalhar. “O conhecimento por si só não chega. Temos de levar as pessoas a experimentar o conhecimento que adquiriram”, aconselha Rui Mendes da Costa.
Na Jerónimo Martins criaram uma plataforma de conhecimento que contribui para a sua partilha e permite potenciar o desenvolvimento de competências, como o pensamento crítico e a resolução de problemas.
“Consegue-se fazer algumas coisas diferentes sem ser muito disruptivo, mas incremental”, afirma Sandra Brito Pereira.
“O desafio das organizações, nas próximas décadas, vai ser a gestão do talento sénior”, alerta Rui Mendes da Costa, acrescentando que nas organizações se deve “olhar para as pessoas e não para os processos”. “Temos de os utilizar para ajudar as pessoas e considerar a aprendizagem como algo holístico. Na organização, o que faz a diferença são as atitudes”, conclui.
13 de novembro, 2018 – 13h10
Pausa para almoço.
13 de novembro, 2018 – 14h00
Estamos de regresso à conferência plenária do Global Talent Day.
13 de novembro, 2018 – 14h10
Em palco estão Inês Castro, talent acquisition, learning & development leader da Worten Iberia, Nuno Vinagre, HR manager da Critical Software, e Woitek Szymankiewics, partner da Closer. O debate sobre revolução digital e formação corporativa do futuro é moderado por João Nogueira Santos, co-fundador e CEO da Learninghubz.
13 de novembro, 2018 – 14h30
“Já não consigo conceber que a pessoa não queira aprender se a organização lhe proporcionar condições”, afirma Woitek Szymankiewics.
Nuno Vinagre corrobora dizendo que “não existe conflito geracional e que todos querem aprender e ter valor na sociedade”.
“Não vejo que existam pessoas mais predispostas para a formação”, afirma também Inês Castro. “Aprendem em ritmos diferentes e privilegiam diferentes canais na passagem de formação. As pessoas mais velhas não são menos permeáveis”, acrescenta.
“Há dois anos estava longe de pensar que ia existir um youtube interno e hoje é uma realidade. Se o e-learning mais convencional foi uma tendência há uns anos, agora a tendência é o vídeo e o seu segredo é o embrulho. Na Worten, diz a responsável de formação e desenvolvimento, estão a desenvolver parcerias com pessoas que trabalham em televisão para os ajudarem a trabalhar os seus vídeos de formação. “O objetivo é transmitir conhecimento e, se a capacidade de atenção é cada vez menor, não vale a pena por um jovem a ver um vídeo de 20 minutos”, esclarece. A base da formação do futuro advirá, para Inês Castro, da atenção a estudos sobre a capacidade de atenção e do acompanhamento das tendências.
13 de novembro, 2018 – 14h45
Sobem ao palco Marisa Aguiar, head of learning and development da Ageas, Esmeralda Correia, gestora de desenvolvimento RH, do Pestana Hotel Group, e Nuno Ribeiro Ferreira, diretor de recursos humanos da Efacec. O debate sobre universidades corporativas será moderado por Daniela Vieira, operations director da BTS.
13 de novembro, 2018 – 15h
A formação no setor hoteleiro tem de ser adequada ao perfil de quem lá trabalha, começa por dizer Esmeralda Correia. “O sucesso da Academia do Pestana Hotel Group vem do facto de despertar nos colaboradores interesse pelo conhecimento. O hotel tem o Campus Pestana online, mas há conhecimentos do dia-a-dia que não podem ser transmitidos através dessa via”, avança. Por isso, “há uma cultura do saber fazer e embaixadores que são responsáveis por garantir novas ações de formação na sua área de saber e que garantem que as pessoas estão atualizadas quanto aos standards de serviço”, explica a gestora de desenvolvimento de recursos humanos.
Na Efacec só existe uma estratégia, a do negócio. “Temos de garantir que todas as práticas de gestão de pessoas estão alinhadas com esta estratégia. A academia da Efacec é uma das ferramentas que temos para conseguir essa estratégia. Estamos a tentar que sejam mais as pessoas a chegar à Mast3r Academy do que a academia às pessoas. Queremos que os colaboradores a vejam como um sítio distintivo e diferenciador e que a sua passagem por lá faça diferença nas suas carreiras”, explica o diretor de recursos humanos da Efacec, Nuno Ribeiro Ferreira.
Para criar uma academia corporativa, o projeto deve ser partilhado com todos os stakeholders, considerando simultaneamente a estratégia do negócio e as necessidades, afirma Marisa Aguiar. Na Business Academy estabeleceram uma parceria com a Nova SBE, onde encontram apoio no desenvolvimento de conteúdos formativos .
Esmeralda Correia considera que o primeiro passo é olhar para dentro da organização. “Deve haver uma cultura de aprendizagem e de saber. Fizemos uma parceria com uma escola de formação inicial e construímos com ela um currículo”, referiu.
Para Nuno Ribeiro Ferreira é importante perceber que respostas está a academia a dar ao negócio.
13 de novembro, 2018 – 15h30
Começa a última mesa redonda do evento. Em debate estará o bem-estar dos colaboradores. Célia Carrasqueiro, diretora de recursos humanos da Verallia Portugal, irá moderar o painel de oradores composto por Paulo Neto Leite, CEO da Groundforce Portugal, Bruno Nunes, wellness manager do Holmes Place, e Ricardo Parreira, CEO da PHC.
13 de novembro, 2018 – 16h00
“Há necessidade de mostrar às pessoas que são acarinhadas pela empresa”, afirma Paulo Neto Leite.
“O desporto poderá ter uma influência extremamente positiva nos colaboradores e nas empresas”, diz Bruno Nunes. No Holmes Place avaliam o bem-estar e a saúde dos profissionais com o rastreio que têm vindo a promover junto das organizações. A tomada de consciência deverá ser, na perspetiva do profissional, da responsabilidade do diretor de recursos humanos ou do diretor-geral.
“NA PHC temos uma grande preocupação com o desporto, porque há muitas pessoas sentadas durante todo o dia. Também trabalhamos muito a mente, com iniciativas como o mindfullness”, diz Ricardo Parreira. “A minha felicidade depende de cada um e das nossas atitudes”, sublinha.
No caminho para a felicidade, Paulo Neto Leite aconselha os participantes a fugirem da tentação facílima de se compararem com o colega do lado. “Superem-se”, afirma.
Bruno Nunes aconselha a audiência a encontrar o equilíbrio e a dar o primeiro passo.
“A felicidade significa tratar muito bem de mim e tratar muito bem dos outros”, finaliza Ricardo Parreira.
13 de novembro, 2018 – 16h05
Pausa no evento.
13 de novembro, 2018 – 16h35
A keynote speaker Manuela Veloso sobe ao palco para falar sobre inteligência artificial.
13 de novembro, 2018 – 16h50
Mais dados significam, considerando um sistema de inteligência artificial, mais confiança. “Os sistemas de inteligência artificial precisam de conhecimento inicial. Quantos mais dados têm mais confiança terão”, explica Manuela Veloso, investigadora, professora, líder do departamento de Machine Learning na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh.
Para a especialista, um sistema de inteligência artificial é um “assistente que permanece durante o tempo”. No entanto, Manuela Veloso reconhece que os robots são muito limitados, por isso, de acordo com o conceito autonomia simbiótica, pedem ajuda aos humanos para os ajudarem a fazer o que não sabem.
A professora e investigadora aconselhou os participantes a pensarem na relação entre humanos e robots, que conseguem executar uma tarefa até ao fim e memorizam todas as interações cognitivas.
Porque toda a informação que os sistemas de inteligência artificial encerram é ilegível para os humanos e porque há um gap entre a programação do sistema de inteligência artificial e a linguagem natural, o departamento que Manuela Veloso lidera desenvolveu um algoritmo de verbalização que traduz a informação constante no robot para linguagem natural.
A especialista alertou os participantes para a necessidade de ensinar as crianças a perceberem dados e automação e para a importância dos valores éticos no processamento dos dados.
“Não podemos andar para trás com a tecnologia”, conclui Manuela Veloso.
13 de novembro, 2018 – 17h40
Termina a primeira edição do Global Talent Day.
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