Autora: Margarida Segard, Diretora da ISQ Academy
A pandemia Covid veio acelerar a transformação digital, dos modelos de negócio, a inovação e alargamento de mercados (B2B e B2C).
Em Portugal, 40% das empresas aceleraram os seus planos de digitalização e de automação, o que potencia mais inovação e mais contratação, uma vez que há um nexo de causalidade muito estreito entre estes três fatores: mais digitalização promove mais inovação e cria mais emprego. Tive sempre esta visão muito positiva, sustentada por estudos, diagnósticos de “maturidade 4.0” e por observação on site de casos reais onda fazemos consultoria.
Até 2025, prevê-se que os humanos e as máquinas partilhem equitativamente as tarefas empresariais (50%) ficando do lado das pessoas as tarefas mais emocionais e cognitivas (emotional and thinking) e as mais mecânicas asseguradas pelos sistemas data-driven, IA, IoT.
Em Portugal, 40% das empresas aceleraram os seus planos de digitalização e de automação, o que potencia mais inovação e mais contratação
É neste cenário que a Inteligência Artificial ganha força e universaliza-se nas nossas vidas diárias e nas empresas e onde o capital humano ganha “espaço” e individualidade, ganha centralidade e humaniza-se.
As organizações tornaram-se mais sofisticadas, mais exigentes, mais “market and client responsive”, investindo em processos de empowering em que o trabalhador/pessoa tem responsabilidade e escolhas individuais e incorporando modelos flexíveis, mais ágeis, mais resilientes e mais híbridos (incluindo nas reuniões, eventos, consultoria e teletrabalho).
Aposta-se na inovação, criatividade, resiliência e consolidação de força de vendas para melhor gerir a incerteza e o risco. Para esta mudança e transformação as competências são absolutamente necessários: novas competências técnicas e soft skills, novas lideranças, novos modelos de aprendizagem para o nosso capital humano, as nossas pessoas, uma vez que as empresas PME, grandes empresas e sobretudo as Multinacionais (MNE) são de “conhecimento intensivo” e fortemente suportadas no interface entre tecnologia IA e as pessoas/capital humano, permitindo que as pessoas realizem atividades mais criativas, diferenciadoras e de valor acrescentado, base de vantagens competitivas empresariais e de mais humanização das empresas.
Ponho foco em três pilares críticos de mudança para a gestão da IA e humanização das pessoas nas empresas, para os quais o ISQ tem soluções inovadoras para as empresas:
1. Reconstruir o conceito de “emprego/função”, com base em tarefas, responsabilidades e competências, mais flexível, ágil e focado;
2. Aposta em lifelong learning e “aprender a aprender”, com modelos flexíveis, digitais e híbridos;
3. Aumentar a “inteligência da empresa” otimizando a relação ser humano-máquina.
Artigo publicado na edição n.º 140 da RHmagazine, referente aos meses de maio/junho de 2022.
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