A Mercer desenvolveu em Portugal o estudo Total Compensation – Setor Segurador 2020, com o objetivo de aferir as tendências de políticas e práticas de compensação e benefícios deste setor. Entre as empresas presentes no mercado português, 10 integraram este estudo, tendo sido analisados 6 257 postos de trabalho.
Se em 2019 22% das empresas do setor manifestavam a intenção de aumentar o número de colaboradores em 2020, esta previsão desce para os 11% relativamente a 2021. A intenção de reduzir o número de postos de trabalho em 2021 está ao mesmo nível do que o setor perspetivava para 2020, 22%. Neste contexto, intenção perspetiva de manter o mesmo número de colaboradores cresceu de 2020 para 2021. Segundo os resultados apurados, 67% das seguradoras pretende manter o número de colaboradores no próximo ano, face aos 56% apurados para 2020.
No que diz respeito aos Incrementos Salariais, e de acordo com o estudo feito pela Mercer, os fatores que mais condicionam o Setor Segurador nesta atribuição são os Resultados Individuais do colaborador (89%), Grelha Salarial (78%) e os Resultados da Empresa (67%). Fatores como Antiguidade e o Nível Funcional são as caraterísticas menos influentes na atribuição do incremento salarial.
A tendência observada na amostra revela que a maioria das empresas pratica a revisão salarial uma vez por ano, sendo que 50% realiza no mês de abril, seguindo-se janeiro (20%) e julho (20%).
Marta Dias Gonçalves, Surveys Leader da Mercer, refere que “em 2020, fruto da inesperada situação de pandemia e dos seus impactos na economia, o número de empresas que manifestou a intenção de congelar os incrementos salariais não contratualizados de forma a não promover o aumento da massa salarial na sua estrutura de custos aumentou significativamente”.
Analisando a variação salarial face a 2019, observa-se que globalmente a variação foi ligeiramente positiva, embora numa análise por grupo funcional, seja possível observar que houve um aumento mais relevante para os grupos de Quadros Superiores, Chefias Intermédias e Direção Geral e uma variação negativa para os grupos de Diretores de 1ª Linha, Comerciais e Administrativos/ Operacionais.
Relativamente à Remuneração Variável, a totalidade das empresas seguradoras refere que atribui remuneração variável em forma de Bónus Anual aos seus colaboradores. Os Incentivos de Vendas / Comissões são atribuídos em cerca de 56% das empresas inquiridas, neste caso tipicamente com uma periodicidade trimestral ou mesmo mensal.
No que respeita aos Incentivos de Longo Prazo, 67% afirma atribuir esta tipologia de Remuneração Variável a alguns dos seus colaboradores. Face ao Mercado Geral, o setor segurador destaca-se neste ponto, uma vez que a prevalência dos Incentivos de Longo Prazo é de apenas 29% no Mercado Geral.
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