O estatuto da mulher na sociedade contemporânea é um tema recorrente nos atuais debates sobre direitos humanos e igualdade de género. Mas é no Dia Internacional da Mulher que vozes se levantam para exigir o fim da discriminação que afeta, ainda hoje, o sexo feminino, em diversos quadrantes.
O último estudo da Nielsen, Consumer Confidence Index, revela o otimismo dos portugueses relativamente à evolução do papel da mulher na sociedade portuguesa, considerando a baixa percentagem (13%) que atribui ao homem o papel de ganhar dinheiro e à mulher o de assegurar a gestão da casa e da família. No entanto, apenas 28% dos portugueses afirma que homens e mulheres têm igual tratamento na sociedade.
A desigualdade de oportunidades persiste entre os portugueses. Mais de metade dos inquiridos (60%) refere que, relativamente aos cargos de liderança, as mulheres têm de trabalhar mais do que os homens para provar o seu valor. Já 50% dos portugueses concorda que existem funções e carreiras mais apropriadas às mulheres e outras aos homens.
Segundo os resultados da secção Women & Diversity do estudo supracitado, 72% dos portugueses considera que o impacto da maternidade na carreira afeta mais as mulheres do que os homens.
Mais de metade dos portugueses inquiridos afirma que as mulheres em ambiente corporativo têm menos probabilidade de serem escolhidas para papéis e funções seniores. A principal preocupação dos portugueses, ao contrário do que se verifica nos restantes países inquiridos, reside no equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. O desafio, para 65% dos inquiridos, consiste na harmonia entre os dois domínios.
Consciente da importância das mulheres na sociedade, a Nielsen lançou, em 2011, o Women in Nielsen (WIN) que evidencia, assim como outros grupos internos, a aposta que a empresa faz nas suas equipas e na diversidade. A criação deste grupo assumiu como objetivo ouvir as mulheres que lá trabalham. Os seus membros têm intervenção direta em quatro áreas específicas, nomeadamente no recrutamento e networking, desenvolvimento profissional, formação e impacto na comunidade local.
Ao longo dos últimos anos, a Nielsen tem sido reconhecida pela sua diversidade e em países como a Índia é já, para as mulheres, uma das melhores empresas para trabalhar. O Diversity Inc. posiciona a empresa na 32.ª posição, integrando o top 50 do Corporate Diversity and Inclusion.
Segundo Sandra Santos, diretora de recursos humanos da Nielsen em Portugal, a WIN “é um dos vários Employee Resource Group (ERG) da Nielsen, cujo objetivo é assegurar que as mulheres têm acesso às mesmas oportunidades de crescimento, valorização e desenvolvimento de carreira”. “Acreditamos que esta aposta contribui para o crescimento, sustentabilidade e competitividade económica da Nielsen e dos nossos clientes, como consequência da valorização e equilíbrio dos nossos recursos humanos”, acrescenta em comunicado enviado às redações.
O relatório internacional Consumer Confidence Index avalia as perspetivas de trabalho, finanças pessoais e intenções de compra dos consumidores de todo o mundo. Inquiriu 30 mil indivíduos com acesso à internet em 63 países. Em Portugal, a amostra do inquérito do terceiro trimestre de 2016 é constituída por 505 inquiridos.
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