Pedro Ramos
Diretor de recursos humanos do Grupo TAP Air Portugal
A propósito do post que inundou as redes sociais a semana passada sobre uma rede de supermercados do Brasil que decidiu colocar nas vitrinas das suas lojas anúncios com a inscrição “Estamos contratando Pessoas Felizes” como único requisito para poderem candidatar-se às suas ofertas de emprego, fez-me revisitar este tema da FELICIDADE NAS EMPRESAS e a forma como o grau de felicidade das pessoas que trabalham nas empresas pode estar diretamente relacionado com os resultados do negócio e a satisfação dos seus clientes.
Empresas mais felizes obtêm melhores resultados é uma máxima que comumente já é aceite entre todos nós, Gestores de Pessoas, mais ou menos empenhados na criação de “ambientes felizes” ou na procura incessante de “pessoas felizes” que possam ser incorporadas e que possam ser (novos) catalisadores da tal felicidade pretendida!
Já há uns tempos me havia questionado sobre quem surgiu primeiro… Uma espécie de “ovo ou galinha” nestas coisas da Felicidade organizacional…
Senão vejamos…
Serão as pessoas felizes que transformam as empresas em “Empresas Felizes” e que depois potenciam mais e melhores resultados? Ou serão as empresas que devem criar ambientes felizes e ações que estimulem a (tal) felicidade para potenciar o aparecimento de “Pessoas Felizes” e daí surgirem resultados melhores?
De quem é a responsabilidade primária – das Pessoas ou das Empresas – na construção da “Felicidade Organizacional”?
A minha amiga Anabela Chastre, que trabalha os líderes para a obtenção de resultados, preconiza que a “Atitude Certa” individual é essencial para a obtenção de resultados (coletivos), sendo essa atitude essencial na estimulação de quadros de felicidade organizacional.
Por seu turno, a minha amiga Vania Ferrari [que virá finalmente a Portugal em Maio próximo!] apresenta várias sugestões criativas, pois segundo ela “é possível trabalhar e ser feliz no mesmo lugar”!
Seja como for, concordo com a (também minha amiga) Cristina Nogueira da Fonseca, primeira Happyologist que conheço, que é essencial a criação de uma “Cultura Feliz” nas nossas empresas e que isso está diretamente relacionado com a obtenção dos resultados.
A verdade é que o papel dos Gestores de Pessoas nesta problemática da “Felicidade Organizacional” é determinante quer se tenha a perspetiva de que as empresas têm de ser “locais felizes”, quer seja na ótica da procura de “pessoas felizes” para reforçar as equipas na obtenção de resultados.
Eu por mim, à cautela, vou já dizendo que gosto muito mais de trabalhar com “Pessoas Felizes” e que tenho para mim que “Empresas Felizes” estimulam que mais “Pessoas Felizes” obtenham “Resultados bem mais felizes”…
Bora lá ser feliz?!