Reconhecida a sua importância na saúde dos colaboradores, as empresas não implementam práticas de monitorização dos seus programas de saúde e bem-estar, que lhes permitam, como revela o estudo desenvolvido pela corretora de seguros Aon.
O stress e a sua saúde mental são, em Portugal, as principais preocupações que afetam a saúde e o bem-estar dos colaboradores. A saúde financeira figura em segundo lugar. Esta é uma das conclusões do Aon EMEA Health Survey 2018, que visa identificar os principais problemas de saúde que as empresas enfrentam aquando do desenvolvimento de estratégias de risco.
Ainda que a maioria das empresas (95%) reconheça a importância de um programa de saúde e bem-estar bem definido e o papel que assume na saúde dos colaboradores, influenciando-a positivamente, de acordo com o inquérito realizado pela corretora de seguros, apenas 40% das organizações afirma ter uma estratégia de saúde definida e só 36% apresenta uma visão clara do impacto que os problemas de saúde têm na sua organização.
O estudo indica que os principais constrangimentos à implementação de programas de saúde e bem-estar residem no orçamento, ausente ou insuficiente, nos recursos limitados ou na ausência de medição da eficácia das iniciativas. Apenas 14% das organizações analisa ou monitoriza o impacto da implementação dos seus programas de saúde. A Aon revela, no entanto, que “as empresas portuguesas estão um passo à frente das suas homólogas na Europa, optimizando da melhor forma o budget para programas de saúde e bem-estar, faltando apenas a monotorização com métricas adequadas para maximizar o impacto destes programas”.
Segundo o mesmo inquérito, atrair e reter talentos é a principal preocupação dos profissionais de recursos humanos, superando o aumento de produtividade e desempenho dos colaboradores, que se posiciona em terceiro lugar. A melhoria do engagement e a motivação constituem a sua segunda maior preocupação.
“Este inquérito demonstra que atrair e reter talento é, atualmente, a principal preocupação dos RH e é positivo que tantos empregadores afirmem que reconhecem a correlação entre a saúde dos colaboradores e a sua performance e engagement”, afirma João Dias, especialista em saúde na equipa HR Solutions da Aon Portugal, no comunicado enviado às redações. E acrescenta: “No entanto, os dados também revelam que, na realidade, os empregadores precisam de se desafiar para saber se estão a fazer o suficiente para proteger a saúde e o bem-estar dos seus principais ativos. Para que haja uma evolução nos programas de saúde e na perceção dos benefícios pelos colaboradores, é importante criar métricas que monitorizem o investimento, mudando as estratégias de comunicação que apoiem melhor os colaboradores”.
O Aon 2018 EMEA Health Survey foi realizado no primeiro trimestre de 2018 e reuniu a participação de 913 empregadores e profissionais de recursos humanos, de 35 países da Europa, África e Médio Oriente. O inquérito abrangeu 25 indústrias e 2,7 milhões de colaboradores.
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