A IBC – International Business Consulting integra uma equipa de consultores que opera há mais de 25 anos em consultoria na área da gestão de pessoas. Contudo, neste momento, está em processo de transformação, empenhada em oferecer ferramentas digitais de avaliação de desempenho e de gestão da formação profissional para PMEs. O core da IBC? As PMEs.
A IBC – International Business Consulting é um projeto que nasceu para se dedicar, em primeira instância, à consultoria na área da gestão de pessoas em mercados internacionais – a começar pelos mercados lusófonos, particularmente em Angola. Hoje, está instalada (para além de Luanda) em Lisboa e Leiria. Em Portugal, a IBC tem nas PMEs o seu principal target, com atividade predominante na área industrial e também na área tecnológica. Neste momento, a empresa de consultoria está em processo de digitalização da sua oferta, com a criação da plataforma Community-24, que abrange dois módulos: avaliação e gestão de desempenho de equipas e gestão da formação profissional, ao nível das lideranças e da área das vendas.
A empresa atua sobretudo junto de empresas que estão em fase de crescimento, com problemas designadamente ao nível das estruturas de gestão de pessoas, do desenvolvimento de sistemas de avaliação de desempenho de equipas e organização. “Trabalhamos muito as questões de sucessão, a promoção de chefias intermédias que, normalmente, em PMEs, é um processo muito sensível, porque não tiveram tempo de se desenvolver, e, portanto, estas empresas precisam de um acompanhamento muito próximo para que as transformações ocorram”, explica à RHmagazine Artur Ferraz, managing partner da IBC – International Business Consulting.
Nas questões ligadas à promoção de chefias intermédias, a empresa junta a sua componente formativa e a consultoria das equipas, passando por toda a estrutura organizacional. “Mesmo que uma empresa tenha 200 pessoas a trabalhar, se cresceu em dois anos, não há chefias intermédias – as pessoas reportam sempre ao administrador que não se vê enquanto administrador, mas como dono, gerente, diretor-geral…Confunde-se muito e o nosso papel é trabalhar desde essas pessoas, passando por todas as linhas organizacionais”, acrescenta.
Para este estudo, esta consultoria com o intuito de reorganizar a estrutura de uma empresa, a IBC cria, com as equipas internas, sistemas de avaliação de desempenho, que posteriormente implementa; segue-se a formação, por um lado com as equipas para que estas percebam em que consiste a avaliação e, por outro, com as lideranças para que saibam avaliar.
“Não vale a pena ter um sistema muito bom, se depois as pessoas não sabem fazer a avaliação, não sabem dar feedback. Se o sistema de avaliação for anual, por exemplo, não há desenvolvimento”, diz Artur Ferraz.
No que à formação de lideranças diz respeito, o managing partner da empresa explica que, sendo a liderança eminentemente emocional e com os novos líderes durante anos a trabalhar sob alçada de outras pessoas, tendo, por isso, muita dificuldade em desenvolver sentido crítico e metodologias de abordagem às equipas, dificuldade em saber falar, saber ouvir opiniões – que muitas vezes até são contrárias às deles –, a probabilidade de aparecer uma situação conflitual é enorme. “Não porque não sejam bons tecnicamente ou por não serem boas pessoas, mas sim porque com estas pequenas coisas acabam por ter muita dificuldade em trabalhar emocionalmente os outros.” “Então, aquilo que nós fazemos com estas equipas é este acompanhamento, muitas vezes até um-para-um durante algum tempo”, revela Artur Ferraz, que, entre risos, conta à RHmagazine que há pessoas que deixaram de ser seus clientes há muitos anos e, ainda assim, continuam a contactá-lo para expor os problemas da sua empresa – um apoio que tem gosto em continuar a oferecer.
Community-24, um espaço de trabalho colaborativo
Apesar de a consultoria continuar a fazer parte da oferta da empresa, agora a IBC quer ser uma empresa digital, capaz de oferecer serviços digitais para simplificar a gestão de pessoas, a partir de qualquer ponto do país, para o resto do mundo. Tudo aquilo que entregavam sem estar digitalizado, encontra-se atualmente em fase final de digitalização.
A empresa desenvolveu ainda uma plataforma digital para a gestão de pessoas, o Community-24, que, tal como o nome indica, permite ser um espaço de trabalho colaborativo, capaz de envolver a comunidade de uma organização, retendo e desenvolvendo o talento. Este portal – que está em fase de testes com clientes selecionados e que se prevê estar 100% funcional em janeiro de 2022 – abrange vários módulos, sendo de destacar a avaliação e gestão de desempenho das equipas e a gestão da formação profissional, e oferece a possibilidade de abarcar as necessidades específicas de cada cliente.

No módulo de avaliação de desempenho, as empresas terão acesso ao processo de desenvolvimento interno e ao feedback sobre os resultados alcançados. Algumas das suas funcionalidades incluem: gestão personalizada do desempenho; planos de desenvolvimento; controlo de resultados; apoio à gestão na eficácia das decisões; relatórios configuráveis; gestão de competências; gestão de objetivos operacionais, individuais, de equipa, departamento e organização; descritivos funcionais; ficha do colaborador.
Já a gestão da formação profissional permite às pessoas gerir os seus processos formativos, onde terão acesso a todas as ações de formação disponíveis na empresa, nas quais poderão efetuar a sua inscrição e participação. Este módulo oferece funcionalidades como: cursos; plano de atividades anual de formação; formação síncrona e assíncrona; materiais pedagógicos; gestão de formandos e formadores; avaliação da formação; gestão de salas e material de apoio; documentação do dossier técnico-pedagógico; percursos formativos. No fundo, trata-se de um sistema de e-learning, um LMS (Learning Management System), mas adaptado a pequenas e médias empresas, que garante igualmente a gestão de todos os processos burocráticos exigidos.
“Estamos a desenvolver estes módulos para criar, posteriormente, um sistema integrado, que permita às pessoas entrarem num portal e optarem por aceder à avaliação de desempenho ou à formação”, esclarece Artur Ferraz.
“Esta será a nossa primeira abordagem à criação de um ambiente digital de gestão de pessoas, não virado unicamente para as grandes empresas, mas para empresas que estão a crescer e que precisam deste tipo de ferramentas – que normalmente, a este nível e adaptadas a Portugal, têm um valor muito avultado para elas”, conclui.