Um estudo conduzido pela multinacional americana, em mais de 45 países, incluindo Portugal, concluiu que a inovação é um dos fatores fundamentais para o êxito e crescimento das empresas, diferenciando os “líderes” dos “retardatários” em inovação.
Em comunicado, a Dell Technologies explica que, no geral, as empresas estão otimistas sobre a força dos seus negócios e inovação. “84% concorda que os seus negócios têm uma cultura ativa de inovação e 79% refere ter os negócios resguardados da volatilidade económica”, indica.
Mesmo com estes dados positivos, a Dell confirma que existe uma lacuna entre a perceção e a inovação propriamente dita: apenas 18% das organizações são definidas como líderes em inovação; 64% dos colaboradores admite que a cultura da sua empresa os impede de serem tão inovadores quanto desejavam.
“É importante reduzir a lacuna entre percepção de inovação e realização de inovação. As organizações definidas como líderes em inovação têm o dobro de hipóteses de acelerar a inovação durante períodos económicos desafiadores”, explica a Dell em comunicado.
Inovação dirigida pelas pessoas
As organizações necessitam de ajuda para desenvolver uma cultura de inovação onde todas as ideias podem fazer diferença e a aprendizagem, através do fracasso, é incentivada.
A Dell indica no seu estudo que este é um dado que as empresas reconhecem e estão confiantes na sua capacidade de integrar. “Mais de três quartos (78%) acredita que, em parte, as pessoas ingressam na sua organização porque terão o poder de inovar, o que é uma vantagem”, justificam.
Mesmo assim, afirma a Dell, é necessário garantir que corrigem a lacuna da inovação. 59% dos entrevistados também acredita que as pessoas deixam a empresa porque não conseguiram inovar tanto quanto esperavam e 64% admite que aspetos da cultura empresarial os impede de serem tão inovadores quanto desejavam. O relatório fornece, ainda, às empresas, um guia sobre como corrigir problemas, destacando tanto as oportunidades de inovar, quanto as barreiras que afetam a inovação.
Processos como base da inovação
Aliado ao processo das mudanças especificas com pessoas, as empresas também devem ter em conta podem melhorar os seus processos em torno da inovação. Para a Dell, a principal barreira para os entrevistados é a falta de tempo para inovar, o que destaca a importância da priorização de modelos de liderança sénior.
Atualmente, 68% dos entrevistados diz que os seus líderes estão mais focados no quotidiano do negócio do que na inovação. Sem um compromisso visível a nível de liderança, indivíduos ambiciosos e qualificados não podem atingir todo o seu potencial em inovação.
Fornecer mais estrutura em torno da inovação também pode levar a melhores resultados. Embora, por natureza, a inovação possa ser vista como uma busca orgânica, 63% dos líderes e adotantes de inovação dizem que esta é impulsionada por projetos especiais e dedicados.
Inovação baseada em tecnologia
Os resultados do estudo apontam para o poder da tecnologia na inovação e as consequências de atrasos. A grande maioria (86%) está ativamente à procura de tecnologias que ajudam a atingir as suas metas de inovação. Por outro lado, 57% acredita que a sua tecnologia não é de ponta e teme ficar atrasada em relação à concorrência.
O estudo também explora os setores onde as organizações estão a obter mais lucros, enfrentando obstáculos em cinco grandes catalisadores de tecnologia para a inovação: multicloud, edge, modernização da infraestrutura de dados, trabalho em qualquer lugar e segurança cibernética. Em quase todos, o maior obstáculo para liberar o potencial é a complexidade.
As maiores evidências encontram-se nos obstáculos tecnológicos globais mais próximos à inovação: custos crescentes de cloud; dificuldades em integrar a arquitetura geral do negócio com a da infraestrutura de TI; tempo e dinheiro gastos para migrar aplicações para novos ambientes de cloud; ameaças à segurança cibernética; e falta de infraestrutura de TI para processar dados em edge.