Depois de um aumento consecutivo nos últimos seis meses, o número de desempregados inscritos nos centros do Instituto de Formação de Emprego e Formação Profissional (IEFP) encolheu, no segundo mês de 2023. Recuaram 2% face a janeiro e 8% em relação ao mesmo mês de 2022, segundo os dados divulgados esta segunda-feira.
“No fim do mês de fevereiro de 2023, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 315.645 indivíduos desempregados, número que representa 66,3% de um total de 475.944 pedidos de emprego”, adianta o IEFP no comunicado. O Ministério do Trabalho salienta que este é o segundo valor mais baixo de sempre no mês de fevereiro.
As inscrições nos centros de emprego recuaram em fevereiro 8,3% face ao período homólogo. Para esta evolução “contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-26.959), os que procuram novo emprego (-26.320) e os inscritos há 12 meses ou mais (-48.150)”, nota o IEFP.
O desemprego caiu em todas as regiões face a janeiro, sendo a maior variação na região do Algarve (-9,5%). Já face a fevereiro de 2022, o desemprego no Alentejo aumentou.
O Ministério do Trabalho sublinha ainda que “o desemprego jovem registado, foi igualmente o segundo valor mais baixo, nesse mês, desde que há registo, com uma diminuição de -4,5% (-1.660 jovens) face a fevereiro de 2022 e uma descida em cadeia de -1,5%”. “Em fevereiro havia 34.854 jovens em situação de desemprego e a percentagem do desemprego jovem face à do desemprego total foi de 11%”, acrescentam.
O setor imobiliário e da construção continuam a destacar-se entre o desemprego. “No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 272.201 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 73% tinham trabalhado em atividades do setor dos “Serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (que representam 31,6% do total); 19,3% eram provenientes do setor “Secundário”, com particular relevo para a “Construção” (6,4%)”, de acordo com o IEFP.