O Dia Internacional da Mulher pretende assinalar a existência de um ser humano que é, historicamente, alvo de discriminação. O sexo feminino é mais qualificado, mas menos respeitado. As oportunidades que lhe são concedidas são em menor número comparativamente com as que são atribuídas aos homens. Nas organizações, a discriminação associada ao género impede a mulher de alcançar lugares de chefia. Há empresas que, no entanto, primam pela diferença, ou cuja conduta profissional se concentra no contexto atual. A MDS, corretora de seguros, apresenta uma elevada percentagem de mulheres em cargos de gestão e direção e do seu ADN faz parte a igualdade de género, como explicou Liliana Cerqueira, diretora de recursos humanos da empresa, ao InfoRH.
O conselho de administração da MDS integra uma elevada percentagem de mulheres. Esta opção tem impacto na gestão da empresa?
Na minha opinião não há diferentes formas de gerir consoante se é homem ou mulher. Diferentes pessoas gerem de forma diferente. Tem muito a ver como aquilo que somos enquanto pessoas, as nossas características enquanto líderes, mas também com a nossa formação e experiência. Há tendência para dizer que as mulheres gerem de forma mais empática e próxima, mas conheço muitos homens que têm esse estilo e mulheres que são distantes, frias e autoritárias na sua liderança, pelo que realmente não faço essa distinção. Na MDS já há vários anos que temos uma elevada percentagem de mulheres em cargos de gestão e de direção, cerca de 40%, pelo que seria impossível dizer que estamos perante um tipo de gestão mais “feminina”. É a “gestão MDS”.
Através de que medidas a igualdade de género está presente na MDS?
A igualdade de género faz parte do ADN da MDS. Vivemo-la naturalmente, no nosso dia-a-dia. Ninguém é discriminado por ser homem ou mulher, as oportunidades surgem na sequência do nosso trabalho, da nossa atitude, do envolvimento que temos com a empresa e com o grupo. No total de colaboradores em Portugal somos cerca de 60% de mulheres e, nos processos de admissão, o sexo não é certamente um critério. Nos últimos tempos notamos que temos admitido um maior número de mulheres, quer para os quadros quer para estágios, mas apenas porque têm sido as melhores candidatas. Baseamo-nos no mérito e no contributo que as pessoas podem dar à organização e não em outros fatores. Assim, diria que a igualdade de género é, para nós, algo totalmente natural.
Que iniciativa prepararam, este ano, para comemorar o dia da mulher?
Preparámos um postal a ser entregue a cada um dos nossos colaboradores, homens e mulheres, onde comunicamos a celebração do ‘’Women’s Equality Day’’ em todos os escritórios MDS, nas principais geografias do Grupo: Portugal, Brasil e Angola. Adicionalmente, vamos reforçar a mensagem nos nossos principais canais de comunicação e afixar posters nas principais áreas sociais. Queremos que a mensagem perdure no tempo. Os materiais comunicacionais têm expressa uma mensagem bastante simples e, ao mesmo tempo, estimulante. Por um lado, comunicamos a força da igualdade de género como um importante valor da nossa identidade corporativa e, por outro, desafiamos cada pessoa a uma reflexão sobre o seu papel enquanto cidadão, trabalhador, educador/a (mãe/pai) no contexto da promoção de uma sociedade mais equitativa e justa no acesso a oportunidades e aos direitos fundamentais. Vamos ainda mais além e instigamos à transformação das realidades, a começar pela ação de cada um, no imediato. Acreditamos que, tal como dizia a Madre Teresa de Calcutá, a nossa ação individual é uma gota no oceano, mas, sem ela, o oceano será infinitamente menor.
Que impacto têm estas iniciativas nos colaboradores e na dinâmica da empresa?
As pessoas acolhem sempre de forma positiva este tipo de iniciativas. Primeiro, porque abordamos temáticas com as quais se identificam, depois, porque a cultura organizacional sai reforçada. Geralmente, as pessoas verbalizam junto da equipa de recursos humanos o que sentiram com determinada ação e, geralmente, é sempre em torno de sentimentos de pertença. Por exemplo: “tenho orgulho em pertencer a uma empresa que valoriza as mulheres e que não discrimina na hora de promover”. O compromisso é seguramente reforçado. Estes dias – também pelo efeito surpresa/novidade – garantem desde logo um aumento exponencial de energia positiva, porque permitem momentos de disrupção positiva em que as pessoas, por momentos, olham para além das intensas atividades do dia-a-dia e vivem, conjuntamente, a iniciativa. Comentam-na com o colega do lado, trocam sorrisos, levam a novidade para suas casas e para os outros contextos das suas vidas. E isso impacta diretamente no seu bem-estar. Sentem-se parte de um coletivo e sentem-se acarinhadas pela empresa, como indivíduos. Na MDS promovemos a atitude Positive MinDS que, em breves palavras, se define em potenciar o nosso mindware residente. Pessoas que são colaborativas, empáticas, intelectualmente curiosas, inovadoras e que encaram a vida com espírito positivo. Sem qualquer dúvida, acreditamos que este tipo de iniciativas são as tais ‘gotas’ que, todas juntas, permitem a co-construção de uma equipa de profissionais de referência!
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