Trabalhadores portugueses, depois dos espanhóis, são os que mais levam trabalho para casa, revela estudo da Michael Page.
Portugal é o terceiro país onde as empresas mais disponibilizam telemóveis aos seus profissionais, que consideram que os equipamentos móveis impactam negativamente a sua vida pessoal, de acordo com o estudo Work Life Balance da consultora de recrutamento Michael Page. A Alemanha e a Espanha precedem o território nacional, onde 78% dos trabalhadores detêm um dispositivo de trabalho remoto concedido pelas organizações, seja um telemóvel ou um portátil. E a presença destes dispositivos na vida pessoal dos portugueses assume, segundo 47% dos inquiridos, um impacto negativo.
Depois de Espanha, Portugal é o país cujos profissionais mais levam trabalho para casa. São 78% os inquiridos que trabalham fora do horário laboral e 61% os que trabalham nas férias. A culpa poderá ser do trabalho remoto, que constitui uma possibilidade para 59% dos trabalhadores portugueses.
Entre os que usufruem do trabalho remoto, 51% dos inquiridos que participaram no estudo da consultora de recrutamento, realizado em 13 países europeus, consideram positiva esta flexibilidade e 64% estão satisfeitos com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Contrariamente, 30% dos portugueses não concordam com este regime de trabalho.
O estudo Work Life Balance da Michael Page avalia o impacto que os equipamentos fornecidos pelas empresas assumem na vida pessoal dos seus colaboradores. Realizado na Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Suécia, Suíça e Turquia, inquiriu 5196 trabalhadores entre os 25 e os 65 anos.