Segundo os dados do Instagram, as empresas lideradas por mulheres no perfil cresceram mais de 20% desde novembro; e em 2020, segundo dados do Facebook e Instagram, as mulheres fizeram mais do dobro das doações para angariações de fundos – no total, as mulheres representam 64% das doações.
O Facebook reforça o seu papel ativo na igualdade de oportunidades. O caminho para a igualdade é longo e as redes sociais como o Facebook são, certamente, parte desse caminho, sobretudo neste período de pandemia.
Hoje, Dia Internacional da Mulher, o Facebook dá voz a três empreendedoras portuguesas, que revelam como ferramentas de comunicação como o Facebook ajudaram na abertura de novos negócios ou no debate sobre as barreiras que ainda estão por derrubar. Maria Figueira é a fundadora do «Oh, Maria»; Liliana Trindade do «Trindade»; e Inês Santos Silva é empreendedora e cofundadora da comunidade «Portuguese Women in Tech».
No ano passado, durante o primeiro confinamento, a lisboeta Maria Figueira aproveitou o tempo livre durante o teletrabalho para abrir uma empresa de arranjos de flores através do Instagram – «Oh, Maria» – e o negócio foi de tal forma bem sucedido que quatro meses depois tinha um espaço físico no Saldanha. Aos 26 anos e com a ajuda da mãe, Maria Figueira está agora a vender sobretudo online e partilha algumas das dificuldades que continua a enfrentar:
«Numa indústria que é liderada maioritariamente por homens, senti algumas dificuldades, por exemplo, por sentir que não me levavam a sério por ser mulher e tão nova. Eu montei a empresa sozinha com a ajuda da minha mãe e sentimos que estávamos sempre receosas que não nos levassem a sério.»
No Porto, quando foi decretado o primeiro estado de emergência em Portugal, a cozinheira Liliana Trindade começou o seu próprio negócio de padaria de fermentação natural em casa – «Trindade» -, tendo rapidamente verificado um aumento inesperado de encomendas através do Facebook e Instagram. Hoje está a trabalhar num espaço autónomo e continua a vender online. Liliana Trindade considera que a padaria ainda é uma indústria maioritariamente masculina e existem barreiras a superar:
«Quero acreditar que essa diferença de tratamento ligada ao género é cada vez menor, mas sinto que alguns colegas mais velhos nos levam pouco a sério por sermos mulheres e por sermos mulheres jovens, especialmente porque continuam a achar que, por sermos mulheres, não conseguimos com uma saca de farinha às costas.»
Além de plataforma de empreendedorismo, o Facebook é também um local de partilha e debate público. A comunidade «Portuguese Women in Tech», por exemplo, dedica-se exclusivamente a apoiar e dar visibilidade às mulheres que trabalham em tecnologia em Portugal, incluindo em escolas públicas, através de porta-vozes como a empreendedora Inês Santos Silva:
«Em Portugal, apenas 14,4% dos profissionais em IT são mulheres, uma percentagem inferior à da média europeia. Sendo esta uma área de enorme oportunidade, é necessário desmistificar o que é trabalhar em tecnologia, mostrando as diferentes funções e responsabilidades que existem, e é também necessário destruir preconceitos e estereótipos. É ainda imperativo mostrar exemplos de mulheres em tecnologia que possam inspirar as novas gerações.»
Segundo os dados do Instagram, que apontam para 20% do crescimento de negócios lideradas por mulheres durante a pandemia, é evidente que existe uma maior relevância dentro da comunidade para as empresas que se identificam no perfil com a palavra «mulher»:
«Quando existimos numa rede social, é importante que o negócio tenha uma associação a uma cara, daí que as redes sociais sejam uma ferramenta útil para todos os negócios, já que nos permitem mostrar que o negócio é liderado por uma mulher. Há também uma responsabilidade de nos apoiarmos umas às outras, o que as redes sociais também possibilitam.»
(Maria Figueira, «Oh Maria»)
«As redes sociais permitem às pessoas saber quem está por trás dos negócios, numa altura em que as pessoas estão cansadas dos produtos industrializados e cada vez mais viradas para os negócios locais. As redes sociais permitem essa proximidade entre cliente e comerciante.»
(Liliana Trindade, «Trindade»)
Irene Cano, Diretora Geral do Facebook em Portugal e Espanha, escreve: «No Facebook, durante muitos anos, temos ajudado as PMEs no seu processo de digitalização e este compromisso está cada vez mais presente. É por isso que temos programas específicos para apoiar o empreendedorismo feminino, é essencial conseguir uma igualdade de oportunidades. Entre todos, temos que eliminar os limites que impedem o desenvolvimento das mulheres e finalmente reconhecer o papel vital das mulheres na economia e na sociedade.»
O Facebook acredita que é através do empoderamento económico inclusivo, com investimento em programas de literacia digital e melhoria da conectividade, que as mulheres podem desbloquear o seu potencial para as gerações futuras.
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