Na mesa redonda “Internacionalizar com Sucesso” da Conferência Growth Forum da Câmara de Comercio e Indústria Portuguesa (CCIP), Filipe de Botton afirma que a sustentabilidade das empresas também parte da discussão e troca de ideias com outras empresas para apoiar na internacionalização. “Às vezes temos vergonha de falar uns com os outros. Mas o que é importante é aprender com outras empresas, estarmos próximos de outras empresas que já fizeram o caminho para aprender com elas.“, explica.
Referindo um exemplo relativo à associação Business Roundtable Portugal (BRP), o Executive Chairman da Logoplaste afirma que existia a vontade de partilhar informação com outras empresas relativamente à internacionalização, juntamente com a AICEP. “Mas muitos não querem. O lado da cooperação associativa não existe em Portugal”, acrescenta.
Quando interrogado relativamente à marca Portugal, Filipe de Botton salientou que este é um tema essencial, especialmente no tema da retenção de talento jovem. E Portugal tem claras vantagens que o tornam um país muito fácil de apostar, porque a sua imagem mudou muito nos últimos anos e conseguiu se internacionalizar muito”, complementa.
Filipe de Botton também quis alertar a plateia presente no Growth Forum que o mercado global não está apenas presente no exterior. “Quando eu estou em Portugal, eu já estou no mercado global. Por exemplo, se eu tivesse uma marca de café, eu competiria com a Delta e com a Nespresso“, exemplifica, enquanto apontava para Rui Miguel Nabeiro, presidente da CCIP e diretor executivo do Grupo Nabeiro-Delta Cafés.
Quando questionado se considerava essencial que as empresas contassem com o Estado para abrir portas, Filipe de Botton explicou que essa é uma pergunta que não se coloca. Os empresários têm que desenvolver as suas empresas sem pensar no Estado.