A Stanton Chase International, empresa que trabalha as áreas do Executive Search & Talent Management, realiza, pelo décimo ano consecutivo em Portugal, o projeto CEO Survey. Os resultados mostram que os gestores portugueses estão desencantados.
Através do CEO Survey 2021, executivos que lideram empresas nacionais e internacionais em Portugal (CEO, diretores-gerais, country managers) manifestaram as suas opiniões sobre o contexto nacional e europeu, os desafios da gestão e do mercado de trabalho, e as suas preocupações enquanto profissionais. Este CEO Survey 2021 decorreu em janeiro e fevereiro e apresenta resultados que visam contribuir para um maior conhecimento sobre a realidade empresarial portuguesa, aferir tendências e apoiar os executivos nas tomadas de decisão.
Comparando os resultados deste ano com os resultados dos dois anos anteriores, chegamos à conclusão de que os gestores em Portugal têm uma visão ligeiramente mais otimista relativamente à situação atual e evolução futura da economia portuguesa e dos negócios. No entanto, este otimismo continua abaixo do que se verificava em 2016, 2017 e 2018. Face ao período entre 2015 e 2018, denota-se um decréscimo claro (cerca de 40%) do otimismo. Cerca de 49% dos inquiridos veem de forma positiva a evolução da economia europeia nos próximos dois anos e 27% dos inquiridos mostraram-se pessimistas. Face a 2020, houve um acréscimo de 17% no otimismo dos gestores de topo.
De um modo geral, este survey revela que os gestores das principais empresas do mercado nacional mantêm um nível de expectativas semelhante a 2019 e 2020, anos em que os resultados ficaram bastante abaixo relativamente ao período de retoma pós-troika.
Da mesma forma, o CEO Survey 2021 revelou um ligeiro decréscimo face ao ano de 2020 das expectativas para os próximos dois anos, no que se refere à evolução da economia portuguesa (de 61% para 66%) e da evolução do respetivo setor (de 70% para 74%). Já no que diz respeito à evolução dos negócios da própria empresa, existe um decréscimo de 75% para 73%.
Segundo os resultados, os três fatores internacionais que mais poderão ajudar a economia em Portugal são os programas de vacinação Covid-19 (82%), os pacotes financeiros de recuperação vindos da União Europeia (68%) e a rápida retoma da procura nas economias mais afetadas pela pandemia (58%).
Já relativamente às principais linhas de orientação de negócio das suas empresas para este ano, os gestores revelam bastante menos ambição do que nos anos anteriores. A Expansão desce de 57% para 43%; a Internacionalização desce de 20% para 18%; a Manutenção sobe de 22% para 30%; e a Reestruturação/ Downsizing sobe de 7% para 15%.
No que respeita à gestão de pessoas, as maiores dificuldades referidas pelos gestores portugueses estão alinhadas com as dos anos anteriores: o recrutamento do talento adequado (53%), o incentivo à motivação e compromisso dos colaboradores (35%), e a retenção de pessoas-chave (27%) são as mais mencionadas.
Relativamente à gestão das suas equipas, os inquiridos consideram a gestão da mudança, criatividade e inovação (52%), as competências de liderança (50%) e a visão e gestão estratégica (42%) como as competências que exigem maior necessidade de reforço nos próximos anos. Face a fevereiro de 2020, realça-se a subida de 6 pontos percentuais das competências de liderança e a descida de 8 pontos percentuais das competências relacionais (soft skills).
As competências dos gestores portugueses e os aspetos motivacionais também estiveram em foco neste survey. Considerando o mercado em que se insere a respetiva empresa, os executivos foram questionados sobre quais os fatores/competências mais valorizados na seleção de líderes executivos. A orientação para resultados (57%) e a visão estratégica do negócio (57%) foram os aspetos mais destacados, seguida da focalização nos clientes (49%).
Os resultados do survey, assim como os quadros comparativos de 2012 a 2021, encontram-se acessíveis no site da Stanton Chase.
ASSINE AQUI A NOSSA NEWSLETTER SEMANAL E RECEBA OS MELHORES ARTIGOS DA SEMANA!