Os colaboradores da Liberty passam agora para um regime de trabalho remoto definitivo. Em comunicado, a empresa afirma que irá passar a ser 100% digital. Estivemos à conversa com Beatriz Ortega, responsável pela área de Employee Experience da Liberty, para perceber de onde surge esta decisão, que benefícios estão contemplados neste regime remoto, e de que forma a empresa irá manter as suas equipas unidas e motivadas em teletrabalho definitivo.
O CEO da Liberty para o mercado europeu anunciou, em comunicado, que os colaboradores vão passar a poder trabalhar a partir de qualquer lugar. Os trabalhadores poderão, ainda assim, passar até dois dias por semana nas instalações da empresa, no pós-pandemia, para atividades específicas ou reuniões presenciais. Esta é uma decisão que a seguradora já andava a estudar no pré-pandemia, e vem responder aos desejos dos colaboradores.
De notar que, em Portugal, a empresa conta com cerca de 400 colaboradores. No entanto, a decisão estende-se a Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte. No total, serão dois mil colaboradores em regime remoto.
A Liberty adotou o trabalho remoto de forma definitiva e sabemos que a decisão já estava a ser estudada antes da pandemia. O teletrabalho mostrou ser uma solução mais produtiva que o regime presencial? De onde surgiu esta ideia, ainda num contexto pré-pandemia?
Na verdade, podemos dizer que a pandemia só acelerou um projeto piloto no qual já vínhamos a trabalhar e que tem apresentado resultados excelentes, tanto em termos comerciais, como no que diz respeito à satisfação dos colaboradores. Esta nova forma de trabalho foi eleita por 93% dos colaboradores como preferência, face ao modelo em vigor antes da pandemia – um resultado expressivo, que nos dá segurança suficiente para afirmar que este será, sem dúvida, um modelo que apoia a experiência de trabalho e irá influenciar de forma positiva a experiência dos nossos clientes.
Quando falamos em bem-estar podemos dar como exemplo o tempo de deslocação ou a opção de o trabalhador viver em qualquer ponto do país sem qualquer restrição, o que permite conciliar a vida profissional e pessoal, que era um dos aspetos de melhoria apontados por grande parte dos trabalhadores.
Este modelo é mais um passo na transição digital da Liberty, que, em menos de três anos, irá contar com um modelo de negócio 100% digital, resultante do investimento de 100 milhões de euros na criação de um ecossistema na cloud, com todos os produtos, que será um passo coerente e em linha com a identidade e valores da empresa.
A decisão foi, então, tomada a pensar nos colaboradores? Ou para a empresa também existem vantagens?
Nem poderia ser de outra forma. Todas as alterações operacionais que fazemos na Liberty têm como ponto central os colaboradores e a prova disso são os mais de 93% de trabalhadores que admitiram preferir o modelo de trabalho que começou em plena pandemia. Esta é uma resposta clara a este desejo. A preferência e valorização positiva do teletrabalho têm-se mantido nos nossos questionários mensais e permitiu-nos tomar a decisão de formalizar esta opção, de forma permanente, no nosso novo modelo de trabalho, o Liberty Digital Way. Um modelo que foi também desenhado pelos representantes dos colaboradores.
Para a empresa, a mais expressiva vantagem será a eficiência e as melhorias do ponto de vista operacional, um positivo reflexo destas mudanças.
Que benefícios irão manter e que novos benefícios oferecem aos colaboradores neste regime de teletrabalho definitivo?
Para garantir que todos os colaboradores têm as condições ideias para dar este novo passo, quem optar por este modelo vai receber um valor mensal de 55 euros por mês para cobrir os gastos adicionais relacionados com o trabalho em casa. Além disso, as pessoas que incorporem, a partir de agora, a equipa da Liberty vão também receber uma ajuda de 460 euros para criar um posto de trabalho em casa, tal como aconteceu com os nossos colaboradores quando, devido à pandemia, se viram obrigados a trabalhar de casa.
Os colaboradores vão manter as mesmas condições de trabalho, mesmo que de casa, assim como o acesso a uma ampla oferta de benefícios, a que se soma agora o próprio teletrabalho, e que faz parte do nosso Plano de Experiência do Colaborador, que se encontra agora em formato digital. Neste sentido, está garantido o acesso a oferta formativa e a múltiplos benefícios para apoiar a conciliação e o bem-estar.
De que forma irão manter as equipas ou os colaboradores unidos e motivados? No pós-pandemia, vão continuar a realizar iniciativas/eventos que promovam a união e o contacto presencial? Vão manter alguns momentos no regime presencial?
Os espaços físicos vão continuar a existir, mas não como estávamos habituados até agora, e com uma utilização diferente mais dirigida a atividades que se desenvolvam com maior eficiência de forma presencial. Exemplo disso são brainstormings, workshops, formações e team building. Vamos também manter encontros de equipas, sempre que estes forem um benefício para o colaborador e para a empresa. Além de todas as formações e atividades semanais de ioga ou pilates estarem agora disponíveis em formato virtual, os nossos grandes eventos com os colaboradores, como a festa de verão ou de Natal, foram transformados para transportar a experiência para casa, eliminando distâncias. Desta forma, todos os colaboradores receberam os seus kits «Welcome Summer pack» e «Christmas delivery at home» com surpresas para festejar, também com as suas famílias, os momentos especiais que não deixámos de brindar e desfrutar juntos.
O mesmo acontece com algumas atividades de team building, mantendo o espírito de equipa, a proximidade e a celebração de algumas das nossas datas importantes. Nesta linha, também mantivemos outras atividades: desafiámos os colaboradores a disfarçarem-se no Halloween ou a vestir a nossa camisola de Natal para um fim de semana solidário nesta época festiva; temos mantido as nossas atividades de solidariedade «Serve with Liberty» à distância; a nossa Customer Week e a Wellness Week, em que todos os workshops de saúde e bem-estar foram realizados virtualmente.
Todas estas são ferramentas que têm como objetivo fomentar o contacto com os colegas e de pôr sempre as pessoas em primeiro lugar, que é um dos muitos valores da Liberty.
No nosso caso, o teletrabalho permitiu acabar com as distâncias e ajudou-nos a estar conectados com os nossos colegas de outros locais, tanto de Portugal como de Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte. Podemos afirmar que o ano passado foi o ano em que estivemos mais conectados e adquirimos muitas ferramentas importantes que agora se podem aplicar no Liberty Digital Way.
Para empresas que pensam optar pela mesma alternativa definitiva, quais as grandes vantagens e desvantagens do regime de teletrabalho a 100%? Certamente existirão algumas desvantagens… Como pensam colmatá-las?
Posso dizer que há mais vantagens do que desvantagens neste modelo, uma vez que facilita a vida dos colaboradores, aumenta a flexibilidade e permite que continuem com as mesmas funções em qualquer lugar do país, mantendo as mesmas condições e benefícios.
Sabemos que o isolamento pode ser um desafio para algumas pessoas e é por isso que estamos a multiplicar as ações para promover a experiência, o contacto, formal e informal, e o bem-estar físico e emocional dos colaboradores que trabalham desde casa. A necessidade de «desconexão digital» é também um desafio, mas também estamos a preparar ferramentas para colmatar esse problema. Estamos, no fundo, preparados para tudo, mas seguros de que este modelo vai trazer mais vantagens do que desvantagens e de que este é o caminho para o futuro.
Estamos orgulhosos que a Liberty tenha sido uma das primeiras empresas a dar este passo.
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