O número de trabalhadores remotos tem vindo a aumentar ao longo dos anos, e a Covid-19 veio forçar a adoção deste regime de teletrabalho. Para alguns, essa mudança foi bem-vinda; para outros, exigiu um ajuste mental e emocional.
Para os teletrabalhadores, pode ser um desafio manter o engagement com a empresa e sentir que os líderes compreendem o que se passa com os colaboradores. A verdade é que a empatia é um aspeto fundamental da inteligência emocional – e a importância da inteligência emocional e do sentimento de conexão aumentou exponencialmente.
Com o teletrabalho a ditar a distância física, nem sempre é fácil para um líder demonstrar preocupação e apoio ao colaborador. A boa notícia é que há maneiras de o fazer! Harvey Deutschendorf é um especialista em inteligência emocional, autor e palestrante, e revela à Fast Company cinco coisas que os líderes emocionalmente inteligentes fazem para reter os colaboradores remotos:
- Não assumem que está tudo bem
Através de um ecrã, é mais difícil perceber quando alguém está a passar dificuldades. Os sinais físicos de stress (como, por exemplo, uma mudança na linguagem corporal ou na apresentação) podem ser facilmente ocultados pelo colaborador em regime remoto. Os colaboradores em dificuldades podem vir a hesitar em falar com os seus supervisores/superiores, por medo de serem percecionados como necessitados, dependentes ou incapazes de levar a cabo o trabalho. Os líderes emocionalmente inteligentes precisam de fazer um esforço extra para solicitar feedback e manter relacionamentos sólidos com toda a equipa.
- Optam pelas interações mais próximas
Um ecrã não substitui as interações pessoais, mas pode, em determinados casos, ser melhor que um email ou uma chamada telefónica. Através de videochamada, é possível ver o rosto da outra pessoa e elevar a sensação de conexão. Os líderes podem mostrar que se importam limitando o uso do email e optando pelas chamadas em vídeo para discussões mais aprofundadas.
- Aumentam o contacto pessoal
Os líderes precisam de dar mais atenção aos seus colaboradores, e despender mais tempo a identificar regularmente as necessidades dos membros das equipas (de preferência através de videochamada). Ao mesmo tempo, isto deve ser feito de forma a que os trabalhadores não presumam que o objetivo é monitorizar o trabalho e fazer microgestão. De acordo com Moshe Cohen, autor de «Collywobbles: How to Negotiate When Negotiating Makes You Nervous», citado por Harvey Deutschendorf, fazer perguntas abertas e ouvir sem interrupção permite que os líderes emocionalmente inteligentes demonstrem não só respeito, mas também preocupação e apoio aos seus colaboradores.
- Configuram redes de apoio
Atenção: nem todas as pessoas que trabalham em regime remoto enfrentam as mesmas dificuldades. Alguns trabalhadores têm de cuidar de crianças, ou até de pais, em casa. Os líderes e os RH devem encontrar soluções para garantirem que colaboradores em circunstâncias semelhantes recebem o apoio necessário, seja através de programas de assistência ou através de conexões com organizações externas.
- Acolhem celebrações virtuais
Os líderes devem procurar soluções que permitam reconhecer as realizações das suas equipas e marcos importantes para os colaboradores. Dar à equipa lembranças divertidas, como camisolas ou canecas de café, por exemplo, pode ser uma boa forma de ajudar a criar a sensação de pertença virtualmente. Os líderes podem até solicitar ideias às equipas para teambuilding – é só preciso alguma imaginação.
Fonte: Fast Company
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