A RHmagazine falou com Mafalda Almeida, Executive Coach & Mentor e CEO da Rising Group – HR Management – uma nova empresa de recrutamento especializado -, sobre o nascimento da ideia que deu corpo à organização. Qualidade, proximidade, e nunca desistir são os valores pelos quais se pauta. No decorrer da conversa, Mafalda Almeida deixa uma pergunta no ar: “Como é que é possível só agora o coaching estar a começar a ser valorizado pelas empresas?” – não fosse ela uma coach com vasta experiência e tivesse previsto, justamente, uma solução de coaching executivo na sua empresa.
Como surge a ideia por detrás do nascimento da Rising Group – HR Management?
A ideia já estava “guardada na gaveta” há bastante tempo, desde que decidi mudar o meu rumo profissional. Foram mais de 12 anos de experiência no setor do recrutamento especializado, com clientes fidelizados. Depois de quatro anos a sedimentar a minha marca pessoal na área do coaching e formação, decidi que era altura de recuperar o projeto guardado, de ser responsável também por uma empresa de recrutamento especializado, à qual dei o nome de Rising Group – HR Management.
O nome aparece no seguimento de várias iniciativas com a mesma designação “RISING” (entre elas a minha academia online Rising Academy), e porque a palavra tem um significado de “elevar, crescer, avançar, brilhar”. Acredito que define muito bem o trabalho que tenho desenvolvido nos âmbitos onde atuo e agora também na área do chamado Head Hunting.
Decidi, então, contactar algumas pessoas com quem já tinha trabalhado no passado, em recrutamento, e em quem confiava. Foi assim que o Rising Group se tornou uma realidade.
Lançou esta empresa de recrutamento especializado em plena pandemia. Numa altura em que a oferta excede largamente a procura e em que é tão difícil atrair e reter talentos (pelo menos, os melhores), não sentiu que pudesse ser um entrave?
Nunca penso em entraves! Se formos pensar nas possíveis dificuldades e se dermos ouvidos ao que se pode passar à nossa volta, nada vamos fazer. Há que olhar para a realidade com foco nas oportunidades e não nas ameaças. Com foco nos nossos pontos fortes. De que vale dar energia ao medo do incerto? Se tivermos essa forma de pensar, com certeza que nunca conseguiremos concretizar os nossos planos e projetos, porque sentiremos que nunca será a altura ideal.
Em plena pandemia as empresas continuaram a trabalhar, apenas existiu uma possível redefinição de perfis e de necessidades no âmbito da contratação.
Há que olhar para a realidade com foco nas oportunidades e não nas ameaças. Com foco nos nossos pontos fortes
Acredito que a qualidade do que fazemos, a proximidade aos nossos clientes, e o facto de nunca desistirmos marca com certeza a diferença neste mercado em constante mudança. Há que acompanhar essa mudança, nunca esquecendo os nossos valores base e a qualidade do que sempre fizemos.
Quais têm sido os principais desafios da solidificação da empresa? E a adesão, tem sido positiva?
A marca ainda não é muito conhecida e esse tem sido o principal desafio. Existe muita concorrência e acreditamos que com as oportunidades certas vamos conseguindo ganhar o nosso espaço, porque a qualidade da nossa entrega é de facto (muito) acima da média. O facto de ainda não sermos uma empresa com grande dimensão permite-nos olhar para os processos de recrutamento com outro cuidado, com outro brio. Cada processo é vital para nós, e por isso não podemos falhar.
Os clientes com quem estamos a trabalhar revelam-se satisfeitos e apostam em nós sempre que surge uma oportunidade.
A resiliência é uma soft skill obrigatória, e nós temos bastante!
O que diferencia o vosso processo de head hunting?
Como referi anteriormente, o que nos diferencia é o cuidado efetivo que atribuímos a cada oportunidade que nos chega. Esta área trata-se acima de tudo de proximidade, de acompanhamento, de foco.
A resiliência é uma soft skill obrigatória, e nós temos bastante
O Rising Group surgiu após mais de quatro anos a trabalhar e a desenvolver a minha marca pessoal e eu sei, por experiência própria, que todo o processo é bastante desafiante. Não podemos falhar, porque o nosso crescimento e o nosso sustento dependem do nosso bom trabalho. Passei este princípio à minha equipa, que felizmente partilha comigo estes mesmos ideais. Cada vez mais as empresas querem trabalhar com pessoas, querem conhecer os seus fornecedores e parceiros. E nós temos rosto, temos voz.
Como não poderia deixar de ser, tendo em conta a sua forte ligação ao coaching, a empresa oferece justamente uma solução ao nível do coaching executivo. Porque é que esta vertente é tão importante no universo organizacional?
Eu gostaria de retribuir esta pergunta com uma outra questão (não fosse eu uma Coach!): como é que é possível só agora o coaching estar a começar a ser valorizado pelas empresas?
O coaching executivo revela-se cada vez mais fundamental nos dias de hoje, dada a constante alteração de todos os contextos onde nos encontramos (pessoais e profissionais). Além disso, ajuda os clientes a encontrar soluções, a saírem da sua zona de conforto, a obterem melhores resultados pessoais e coletivos. As empresas só têm a ganhar ao investir em processos de coaching para os seus executivos. No entanto, algo que gostaria de ressalvar: o profissional que for sujeito ao processo de coaching deverá sentir essa necessidade de mudança, de evolução, e acima de tudo deverá ter a capacidade de se colocar em causa, rumo à melhoria do seu desempenho e dos seus resultados. De nada serve estar a obrigar alguém a ser cliente de coaching quando essa pessoa não está a considerar mudar.
No entanto, quando empresas, chefias, e colaboradores estão alinhados quanto ao futuro, o coaching ajuda em muito na gestão de toda a mudança.
De nada serve estar a obrigar alguém a ser cliente de coaching quando essa pessoa não está a considerar mudar
Que competências considera serem fundamentais para o futuro?
O futuro dos quadros médios e superiores (essencialmente) passa por uma maior flexibilidade, maior capacidade criativa para encontrar soluções e também uma maior empatia para com todos os interlocutores.
A liderança deve reinventar-se, de forma a acompanhar todas as novas exigências do mercado, e também de forma a dar o exemplo às suas equipas.
Mais do que ter capacidade técnica, é preciso olhar para o “saber ser”. E cada vez mais as empresas estão a valorizar as soft skills.
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