A Great Place to Work, que se dedica a reconhecer os melhores lugares para trabalhar, através de uma lista de publicação anual, anunciou as 25 melhores empresas para trabalhar no mundo. No top 25 constam oito nomes considerados “Best Workplaces Portugal”, em 2021.
DHL Express (1.º), Cisco (2.º), Hilton (3.º), AbbVie (4.º), Amgen (8.º), Hilti (11.º), SAS Institute Software (13.º) e Teleperformance (25.º) foram oito das empresas vencedoras a nível nacional, enquanto melhores lugares para trabalhar em 2021. Agora, deram o salto para a lista mundial, juntando-se a mais 17 organizações. Os 25 World’s Best Workplaces foram selecionados entre mais de 10.000 empresas, espalhadas por 106 países, que se voluntariaram a realizar o “Trust Index” – o questionário de clima organizacional aplicado aos colaboradores, com cerca de 50 perguntas assentes em: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem.
Os colaboradores veem a liderança como credível? Sentem-se respeitados pelos seus managers? Acreditam que as práticas e políticas de gestão são justas? Têm orgulho na sua organização, equipa e trabalho? Consideram a sua empresa uma comunidade forte, pautada por valores como a amizade, solidariedade e hospitalidade? São as respostas positivas em torno destas cinco dimensões que vão ditar a classificação das empresas enquanto melhores lugares para trabalhar. Contudo, e apesar de ser a avaliação que mais peso tem na análise, também a opinião das lideranças conta.
Como explica à RHmagazine Luís Pedro Costa, responsável do departamento de Marketing e Branding da Great Place to Work® Portugal, a opinião dos colaboradores no que respeita à cultura organizacional vale dois terços na totalidade da análise e o restante um terço assenta no ponto de vista das próprias empresas. É através da “Culture Audit” que a Great Place To Work® – presente já em mais de 100 países ao redor do mundo – audita as práticas das empresas, identificando as nove áreas em que as ações, comportamentos e comunicação da liderança têm o maior impacto no nível de confiança de uma organização:
- A liderança apoia os seus colaboradores, especialmente em situações difíceis?
- Ajuda os colaboradores a crescer profissional e pessoalmente?
- Os colaboradores são reconhecidos regularmente pelo seu trabalho?
- As práticas de contratação garantem que os novos colaboradores se enquadram na cultura e se sentem bem-vindos?
- As recompensas dos esforços são partilhadas equitativamente?
- Os sucessos da organização e da equipa são regularmente comemorados?
- Os colaboradores veem como contribuem para o objetivo maior da organização?
- A liderança transmite a informação de forma honesta e transparente?
- A liderança é acessível e procura ativamente a participação e o envolvimento dos colaboradores?
“Quando criamos qualquer lista, realizamos primeiro o questionário aos colaboradores e depois auditamos todas as práticas da empresa, para ver se as opiniões coincidem e se se encontra um equilíbrio. No entanto, a opinião dos colaboradores prevalece, independentemente das práticas que as empresas tentam mostrar-nos que aplicam – se, de facto, funcionam ou não, o colaborador é que decide”, explica Luís Pedro Costa.
E, na prática, como se chega à lista dos 25 melhores lugares para trabalhar no mundo? A média de respostas do “Trust Index” (2/3) é confrontada com a média da “Culture Audit” (1/3) das empresas e, cada país, chega a uma lista final. Se a empresa estiver presente em cinco ou mais listas nacionais dos “Best Workplaces”, tiver 5.000 ou mais colaboradores no mundo e pelo menos 40% da força de trabalho fora do seu país de origem, então, está apta a ver o ser nome ser considerado um dos melhores lugares para trabalhar no mundo. O desejo de qualquer empresa, certo?
Este ano, a lista mundial contou com uma novidade, ao considerar, para efeitos de classificação, a envolvência dos colaboradores nos processos de inovação das empresas. O Great Place to Work’s Innovation Velocity Ration (IVR) mede a velocidade e a agilidade organizacional, quantificando a capacidade que os colaboradores têm de se adaptar e inovar. Nos World’s Best Worplaces, o IVR é de 7:2, “o que significa que em cada sete colaboradores capazes de inovar, dois dizem que não tiveram condições/oportunidades para o fazer. Este número desce para 5:2 nas outras empresas”, lê-se em comunicado.
Eis a lista completa dos 25 Melhores Lugares para Trabalhar no Mundo, em 2021:
- DHL Express
- Cisco
- Hilton
- AbbVie
- Salesforce
- 3M
- SC Johnson
- Amgen
- SAP
- Roche
- Hilti AG
- EY
- SAS
- AT&T Direct TV
- Stryker
- Novartis
- Cadence
- Novo Nordisk
- The Adecco Group
- Mercado Libre
- Adobe
- American Express
- Atlassian
- Santander
- Teleperformance