Autora: Susana Almeida Lopes, Coordenadora da Pós-Graduação em Desenvolvimento de Competências para Gestores de RH no ISEG Executive Education
Digitalização, globalização, transformação, inovação, conectividade e diversidade são 6 palavras-chave que marcam o futuro do trabalho. Os departamentos de GRH sabem-no e estão atentos ao gap de competências entre as valências atuais dos colaboradores e as exigências do futuro.
Mas os RH não estão imunes ao gap de competências. No início deste ano a Harvard Business Review publicou um estudo sobre as 21 novas funções de RH até 2030, todas elas com algum nível de tecnologia associado. São funções como Human Network Analyst, Human Bias Officer ou Chatbot Human Facilitator que se antecipam.
É crítico aumentar o conhecimento e as competências digitais, como People Analytics com análise de dados e Estratégia de Talento Digital.
Para tal, é essencial que os Gestores de RH tomem conta de si, que se desprendam das barreiras que os ancoram às vivências atarefadas do dia a dia, do curto prazo. Ou das barreiras que os levam a concentrar todos os esforços na definição de planos de carreira para os colaboradores, deixando-se, a si próprios, para segundo plano.
Quem gere a carreira dos RH?
Urge planear a própria carreira. Para tal, a análise SWOT da função, carreira e organização é um excelente ponto de partida.
Depois disso, é altura de encontrar um mentor de carreira, alguém com um olhar externo que possa desafiar e aconselhar. Por fim, é tempo de escrever um plano de carreira. Isso mesmo, escrever e deixá-lo visível:
Qual o meu objetivo? Que competências tenho? Qual o meu contexto? O que preciso de desenvolver? Que ações implementar? Em que prazo?
A aposta numa formação abrangente é uma resposta importante para o colmatar do gap de competências, mas não é o único passo a dar. Criar, por exemplo, um grupo de partilha, tornar-se mais visível dentro e fora da organização e investir no networking são movimentos que muitos Gestores de RH não apreciam, mas são tão importantes como a experiência e competência.
Artigo publicado na edição n.º 139 da RHmagazine, referente aos meses de março/abril de 2022.
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Excelente. Artigo, Prof. Susana Lopes, se é verdade que o modelo de RH está orientado para Circuitos de Partilha, hoje parece estar orientado para os Circuitos de Conectividade, graças ao 4G, 5G, que introduz o Uso do Smartphone, Smartphonezação ou Smartphoneglobalização como Recurso sem o qual excluimo-nos do Ecossistema. A Deslocalização que nos é oferecida pelo 5G através da Smartphonezação ou Smartphoneglobalização introduz alterações impactantes na vida das Pessoas, das Famílias, Colaboradores e Chefias.