POR:
Anabela Moreira – Managing Partner UpTogether Consulting
Lembro-me de em 2001 viver nos corredores da ONU em Nova Iorque, nos grandes TFTs nos corredores, a queda da Ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios, uma tragédia que até hoje me marca. Um dos meus irmãos gostava muito da zona e ia frequentemente para lá. A minha família é de Lousada. Ocorreu-me que pudesse estar lá ou que pudesse estar a sofrer por amigos lá.
Nos dias que se seguiram, plenamente estimulada pelo meu SAR – Sistema de Ativação Reticular, só ouvia falar sobre a queda e sobre Portugal e comecei a prestar atenção à informação e à comunicação: em 2001, nos Estados Unidos da América e pelas redes de notícias internacionais, Portugal era considerado um país de terceiro mundo.
Já gostava de mundo da comunicação, e já percebia que influenciava tudo na nossa vida. Uma palavra muda o nosso estado emocional (para o bem e para o mal). E não me venham convencer os especialistas em body language que a nossa comunicação maior é não-verbal. Também lá andei e continuo a dizer que nos deixamos condicionar mais pelas palavras, é é a palavra, a profissão antiga que hoje é extremamente necessária ao sucesso das empresas e organizações.
A palavra na boca do formador/a
A palavra é uma grande responsabilidade. O conhecimento e a preparação também. Mary Shelley disse em Frankenstein : “With Great Knowledge Comes Great Responsibility”, com o conhecimento chega uma enorme responsabilidade também (interpretação minha), e é a mais absoluta das verdades (tanto quanto uma verdade possa ser absoluta…).
Grande parte dos formadores que apanhei, e de facto fui gestora de formação num dos maiores grupos de formação nacionais, ainda não percebeu que, para ler slides num powerpoint ou seja em que software for (canva, slidebean, prezi) os formandos leem melhor e mais rápido. Um suporte é isso, um suporte. Mas a palavra conhecedora, isso é o mundo.
Se discutirmos qualquer assunto com a profundidade necessária, um fenómeno mau na sociedade, um conflito armado, ou mesmo o Covid-19 e as pessoas que tudo arriscam e se contagiam, vamos ter sempre aos mesmos pressupostos: falta de formação, falta de educação e de comunicação.
É isso que acredito: boa educação, boa formação, boa comunicação.
E os formadores bons? Os formadores bons são aqueles oásis que esperamos encontrar no mundo da educação não-formal em Portugal. E que temos bons formadores, bons pedagogos e bons educólogos, temos, muitos! Pensadores livres e humanistas que só não arriscam mais porque num mundo de clichés rápidos, o pensador é uma revolução. E não queremos mais revoluções.
Aqui tem: essencial à sua empresa, aquela profissão antiga de professor que se converteu na prática e na dinâmica e hoje é formador e facilitador e traz mudança e evolução à sua organização!
A palavra na cabeça e nos dedos do copywriter
A palavras é forte, e a palavra certa faz a diferença no posicionamento da sua empresa em termos de marketing e comunicação. Já lhes chamámos escritores, autores, hoje chamamos copywriters e são aquelas pessoas que observam, ouvem, pensam, refletem, interligam e dinamizam a vida, a internet através das redes sociais, websites e blogs.
Na urgência da vida, os livros não passaram de moda mas passaram de tempo. Um livro é um casamento que dura dias. Um post, seja ele de blog, seja ele de redes sociais, dura minutos.
Sou grande amiga da leitura. Leio e adoro ler. Mas sou da liga que recomenda a leitura rápida e de assuntos criativos a quem não gosta de leituras mais longas. Recomendo sempre que sigam boas pessoas, pessoas que escrevem bem e informam bem, para com isso todos crescermos!
Outra profissão antiga que virou moderna: o bom uso da palavras para posicionar marcas, empresas e organizações. Pode chamar o que quiser, mas tenha um perfil destes consigo. O marketing diz e é verdade: não não é visto (lido), é esquecido.
A palavra e os conceitos na cabeça e na emoção do Marketeer
Nunca ninguém subestimou o poder da publicidade. É impossível subestimar um bom anúncio que nos leva a sentir e a comprar sem qualquer necessidade.
Lembro-me de não perder um único episódio da “Publicidade de Graça” do Edson Athayde e até hoje eu sou aquela que não muda de canal quando passa publicidade.
Hoje em dia, os benjamins das empresas, os preferidos (e ainda bem que assim são!) são os Marketeers, os bons! Os que elevam as marcas, as reputações e a imagem das organizações com o bom uso da palavra, da imagem, da internet e de todas as ferramentas de marketing digital ao dispor nos nossos dias.
Hoje, e tendo estado do lado de lá dos recursos humanos (como gestora) e agora do lado do marketing digital, não hesito em dizer: o perfil essencial, sem o qual não consegue destacar a sua organização, é um bom perfil de marketing, os excelentes marketeers (eu prefiro marketeiros).
Sempre, é sempre a comunicação
É mesmo sempre a comunicação e se reler o meu artigo é isso mesmo. Digo isto porque uma comunicação num momento de angustia e desespero a semana passada, mudou a minha vida.
A comunicação muda tudo. Para o bem e para o mal. Trate bem e cuide da sua. Eu irei cuidar da minha!