O último estudo desenvolvido pela Ricoh acerca do local de trabalho digital concluiu que metade dos diretores de PME europeias (51%) está a introduzir novas tecnologias no trabalho, com o objetivo de responder com mais brevidade às tendências e oportunidades do mercado. Portugal está acima da média da Europa. Cerca de 60% dos líderes das PME portuguesas procede, atualmente, à introdução de novas tecnologias no ambiente laboral.
A maioria dos diretores das PME europeias (86%) afirma estar focada na melhoria da agilidade empresarial. Em Portugal, 82% dos líderes das organizações afirma que existe essa preocupação no seio do trabalho. Para 52% das PME europeias, a ausência de renovação das tecnologias e a sua inadaptabilidade às necessidades atuais poderão conduzir a um fracasso no local de trabalho no prazo máximo de cinco anos. Por cá, 61% dos inquiridos concorda com a projeção da Europa.
Os decisores responsáveis das PME dão prioridade à tecnologia que aborda diretamente as necessidades básicas dos colaboradores. As PME portuguesas consideram que a automatização (69%), a análise de dados (70%), a gestão de documentos (74%) e os sistemas de videoconferência (65%) são os fatores que terão um impacto mais positivo na empresa.
Ramon Martin, CEO da Ricoh Portugal e Espanha, explica que “as PME portuguesas parecem ser, em alguns casos, mais ambiciosas que as europeias. Dadas as condições complexas do mercado, os líderes empresariais estão ansiosos por identificar novas oportunidades em tempo útil e obter a máxima recompensa”. E acrescenta: “Sabem que a agilidade é vital para capitalizar as alterações do mercado e dão valor ao papel que a tecnologia desempenha neste contexto. É claro que a agilidade ocupa um lugar prioritário na agenda das PME e os líderes empresariais não acreditam que seja algo exclusivo dos grandes players”.
O estímulo à produtividade e à inovação leva à adoção de uma tecnologia mais inteligente no local de trabalho – fator considerado vital para o sucesso empresarial. De acordo com a realidade laboral de 68% dos inquiridos portugueses, a tecnologia situa-se no centro da capacidade da sua organização, evidenciando a importância que as PME atribuem à digitalização das empresas. Os departamentos de Finanças (57%), Marketing (49%) e de Operações (42%) são os que consideram prioritária a introdução de novas tecnologias.
Para o CEO da Ricoh, “os diretores das PME portuguesas escolhem priorizar o investimento nas ferramentas que terão um impacto real e positivo nos resultados finais”. “Aqueles que ainda não o fizeram, devem ponderar cuidadosamente como a tecnologia pode permitir aos seus colaboradores trabalhar mais rápido e de maneira inteligente, fazendo com que o seu negócio seja mais ágil”, aconselha Ramon Martin. E alerta: “Se não o fazem, correm o risco de ficar para trás”.
Barreiras ao desenvolvimento tecnológico
Segundo o estudo da Ricoh, há três fatores que impedem o desenvolvimento tecnológico das PME. O primeiro diz respeito à rigidez dos processos regulamentares. Quase dois em cada cinco diretores das PME europeias afirma que os governos que regulam a indústria atuam como uma barreira em numerosas ocasiões. Com o excesso de precaução, os diretores das empresas prestam menos atenção aos processos internos. Instados a mencionar os elementos que consideram importantes para melhorar a sua agilidade, 73% dos inquiridos esquece-se de falar dos seus processos internos – aspeto que se poderá converter num ponto negativo para as empresas.
A hierarquia no seio da empresa constitui, igualmente, um obstáculo ao seu desenvolvimento tecnológico. Para 35% dos líderes consultados, a estrutura interna da empresa impede, frequentemente, a capitalização das alterações do mercado. Por último, as PME consideram que a tecnologia que têm à disposição é, em alguns casos, insuficiente, como comprova os 37% dos líderes que aludiu à falta de recursos para investir em novas tecnologias. Esta situação conduz à necessidade de priorizar os investimentos de forma mais inteligente.
O estudo da Ricoh inquiriu 1608 diretores de PME de toda a Europa. No total 77 eram portugueses.
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