“Reinvenção em tempos inimagináveis
Escrevo este editorial após mais de dois meses de confinamento. O facto de termos vivido (e ainda estarmos a viver) tempos inimagináveis, com impactos cuja magnitude global não têm precedente, levaram a que fôssemos forçados a fazer uma pausa, que cada um de nós aproveitou da forma que melhor pôde e soube.
Vivemos tempos de verdadeira guerra pela saúde pública, em que todos tivemos de passar por enormes aprendizagens, num esforço de adaptação sem precedentes. Um vírus minúsculo levou à aceleração inevitável daquilo que antes eram apenas tendências futuras da sociedade e do mundo do trabalho.
Destaco mais uma vez o trabalho extraordinário que muitos profissionais de recursos humanos fizeram, de forma a garantir que a economia pudesse continuar a funcionar, em moldes que tiveram de ser reinventados a enorme velocidade. Eles também foram e são heróis da nossa sociedade, tendo evitado um desastre absoluto em termos de economia e mercado de trabalho.
Como já tinha referido na última edição, com esta mudança drástica de hábitos, o teletrabalho passou a ser a estrela em vez do parente pobre. Foi preciso uma pandemia desta magnitude para evidenciar o óbvio: é possível ser-se tão ou mais produtivo trabalhando remotamente. Disso nos fala o excelente artigo do Jorge Gomes “Teletrabalho: Desta é que é!”. Mas também a liderança foi desafiada com o trabalho à distância, como nos fala a nossa peça exclusiva “Liderança Remota”.
Quando um evento desta magnitude nos obriga a mudar hábitos, rotinas e formas de trabalhar, descobrimos que podemos ser muito mais produtivos e até de forma mais saudável. Quando deixamos de sofrer com os tempos de deslocação para o local de trabalho, podemos controlar e ajustar os nossos ritmos de trabalho e fazer pausas, permitindo ao nosso corpo e ao nosso cérebro produzirem em melhor forma. Podemos ganhar mais horas de sono e até arranjar tempo para fazer exercício. Mas tudo isto pode ser comprometido se as organizações não forem atentas ao bem-estar e saúde dos seus colaboradores. E sobre isto não podíamos ter melhor exemplo que a reportagem sobre o Programa Ageas Saudável. Uma peça a não perder.
Num mundo em que trabalharemos cada vez mais em equipa, em formatos mistos (presencial/distância), o desenvolvimento profissional vai depender cada vez mais da nossa forma proativa de aprendermos por nós, buscando conhecimento e educação à distância de um clique. Disso nos fala a Sónia Gonçalves no seu excelente artigo sobre “Active Learning”. Disto e muito mais trata esta edição da nossa revista, também ela produzida em tempos inimagináveis. Mas sempre com muito gosto e orgulho.
Fazemos votos de boa leitura. Abraços e até breve! Num qualquer local, evento ou “webroom” onde nos iremos inevitavelmente cruzar…”
EDITORIAL
Ricardo Fortes da Costa
Diretor RHmagazine
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Os temas desta edição
ENTREVISTA PRINCIPAL
Vito Rodrigues
CEO da Derichebourg Facility Services
TALENT MANAGEMENT
Coaching empresarial: O catalisador do desenvolvimento de pessoas
TEMA DE CAPA
RESKILLING: De necessário a urgente
TELETRABALHO
Liderança Remota
FOCUS
Regresso ao trabalho na era pós-Covid
ARTIGO TÉCNICO
Active Learning na formação corporativa
Por Sónia Gonçalves, ISCSP
CORPORATE WELLNESS
Programa Ageas Saudável
ARTIGO
Teletrabalho: desta é que é!
Por Jorge Gomes, ISEG
PROVIDER
Grupo SPEC: Mais de 40 anos a apoiar a gestão de RH
CADERNO ESPECIAL
Escolas de negócios