A Landing.Jobs voltou a lançar o «Tech Careers Report», um survey que pretende mapear o mercado de tecnologia em Portugal, por forma a ajudar os profissionais de tecnologia a reunir informações que sejam úteis nas tomadas de decisão.
De acordo com o «Tech Careers Report 2021», cerca de 34% dos inquiridos têm empregos remotos (completos ou flexíveis), independentemente da pandemia. O mesmo estudo vem revelar ainda que os trabalhos totalmente remotos (que não se tornaram remotos apenas devido à covid-19) pagam em média mais 35,4% do que os empregos que optam pelo regime presencial.
O mesmo survey revela que os profissionais de tecnologia mudam de emprego, em média, a cada 1,5 anos a 2,3 anos. Contudo, mais de metade dos profissionais de tecnologia em Portugal (54%) têm mais de seis anos de experiência profissional.
Os resultados indicam, igualmente, que os perfis de trabalho mais populares (cerca de 50%) são os full-stack, back-end e front-end developers. JavaScript é, de acordo com o estudo, a linguagem de tecnologia mais usada pela maioria dos profissionais, embora partilhe o pódio com o Java e C#.
No que respeita às remunerações, os profissionais de tecnologia em Portugal recebem um salário anual bruto médio de 32 500 euros. Em contrapartida, os contractors recebem, em média, 48 000 euros. Isto quer dizer que os contractors ganham cerca de 54% mais do que os colaboradores permanentes. Contudo, 52% dos inquiridos viram o seu salário aumentar nos últimos 12 meses, enquanto 42% revelaram estagnação salarial. Os perfis que ganham um salário mais elevado são os CTO, seguindo-se dos technical team leaders e dos solutions architects, independentemente de serem contrators ou empregados permanentes.
Relativamente à igualdade de género, o setor das tecnologias revela ainda um gap salarial. Os homens ganham mais 16% do que as mulheres (no ano passado, este valor subia para 23%). A verdade é que os salários na indústria tecnológica são superiores aos salários de outros setores, segundo avança o relatório da Landing.Jobs. Geograficamente, também se verificam diferenças salariais – os residentes na Área Metropolitana de Lisboa ganham mais 18,4% do que a média nacional. No ranking, segue-se a Área Metropolitana do Porto.
Segundo o estudo, o trabalho para empresas fora de Portugal está a crescer, sendo que, atualmente, 22% da força de trabalho de tecnologia está nesta situação (mais de 50% para contractors). Trabalhar para uma empresa internacional traduz-se num aumento salarial de 35,8%, comparativamente a Portugal. A região da América do Norte é onde os profissionais obtêm melhores salários, e a Europa ganha o segundo lugar neste ranking.
O work-life balance é, de acordo com o survey, o principal motivador de trabalho para o talento técnico português. Existe, igualmente, uma clara preferência por aspetos como oportunidades de crescimento na carreira e remuneração e benefícios. Horários flexíveis, cultura e autonomia são também tópicos altamente valorizados, ao contrário do impacto e da variedade dos projetos, e da liberdade para escolher esses projetos – aspetos menos pertinentes para os profissionais tech.
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