OResiliency Rules, um novo estudo levado a cabo pelo SAS, empresa especializada em Analítica, mostra que somente 53% dos líderes empresariais portugueses considera a sua empresa resiliente e que 84% destes mesmos líderes necessita de ajuda para implementar uma estratégia de resiliência eficaz na sua empresa, no entanto e apesar desta consciência, 72% demonstra estar otimista quanto ao futuro.
São conclusões de um inquérito feito junto de quadros superiores de empresas com mais de 320 colaboradores de Portugal e Espanha, a operar em cinco setores – serviços financeiros, administração pública, saúde/ciências humanas, industrial, retalho/bens de consumo.
De acordo com a SAS, os resultados do estudo ajudam a compreender o estado da resiliência empresarial portuguesa num mercado volátil e disruptivo como o atual, elucidando sobre que medidas tomar e respetivas oportunidades.
O estudo também revela que 97% dos líderes portugueses e espanhóis acreditam que a resiliência é muito ou de alguma forma importante, mas 53% dos portugueses considera que a sua empresa é resiliente.
Praticamente metade dos executivos de Portugal e Espanha (52%) admite não estar confiante quanto ao tema da resiliência, encontrando-se 54% dos portugueses preocupados basicamente em resolver as questões relacionadas com a cadeia de abastecimento e 55% com as questões relacionadas com os recursos humanos.
Embora a lacuna quanto à resiliência seja a realidade atual, a maioria dos líderes portugueses e espanhóis (88%) entrevistados afirma ter medidas de resiliência em vigor para se prepararem para desafios imprevistos, 81% considera a resiliência mais importante hoje do que em 2020 e aproximadamente 90% dos entrevistados veem os dados e a analítica como ferramentas essenciais para uma estratégia de resiliência.
O Índice de Resiliência do SAS
O SAS criou uma metodologia de avaliação chamada Índice de Resiliência para perceber onde a resiliência se encaixa nas prioridades e investimentos dos executivos. Por isso, o SAS classificou os entrevistados em três categorias: alta resiliência (23%); resiliência moderada (56%); e baixa resiliência (21%).
“Comparando as práticas de negócios de cada um, os executivos de alta resiliência – que são 30% em Portugal – afirmam já ter medidas de resiliência e dão prioridade à analítica, aos dados e à inteligência artificial para navegar num ambiente em mudança e para a tomada de decisões. Estes profissionais valorizam a resiliência, porque esta assegura o rápido restabelecimento do desempenho da empresa, aumentando desta forma as hipóteses de enfrentar com sucesso os desafios contínuos, reforçando ainda a confiança do cliente”, explica a SAS em comunicado.
Cinco regras de resiliência
A SAS também identificou no seu estudo cinco princípios fundamentais para manter e fortalecer a resiliência dos negócios: 1. Velocidade e agilidade; 2. Inovação; 3. Equidade e responsabilidade; 4. Cultura e literacia de dados; e 5. Curiosidade.
Assinaladas como as cinco Regras de Resiliência, o estudo do SAS analisou a forma como os executivos priorizam e implementam cada uma delas”, explicam. Dois aspetos ficaram claros: mais de metade dos executivos não acredita estar a implementar as regras com sucesso e os executivos com “alta resiliência” valorizam mais e investem mais em cada área do que os executivos com “baixa resiliência”.
“Isto foi consistente nas respostas obtidas em todos os segmentos, indicando que os executivos veem cada um dos 5 princípios acima referidos, como componentes fundamentais para uma estratégia de resiliência, apontando 75% dos executivos portugueses a “velocidade e agilidade” e 65% a “curiosidade” como sendo as mais importantes”, acrescenta a SAS.
Outra conclusão a realçar do estudo é o papel crítico dos dados e da analítica na implementação das Regras de Resiliência – com 90% dos entrevistados a concordar – não deixando, no entanto, de se referirem às questões relativas à qualidade dos dados, custos e recursos humanos como sendo os principais obstáculos para colmatar a falta de capacidade de resiliência.
O relatório completo sobre as regras de resiliência e a utilização da ferramenta de avaliação pode ser acedida aqui.