O ato de confrontar alguém pode ser estranho, stressante e desconfortável, mas a verdade é que é necessário enfrentar os problemas – e existem situações que se apresentam no trabalho que exigem um confronto.
Na Fast Company, Corey Weiner, CEO do Jun Group, apela à importância de não deixar os problemas “apodrecerem” e crescerem. Eis algumas dicas do profissional para enfrentar os confrontos da melhor maneira:
- Não comece com rodeios
Uma das maneiras mais simples de começar um confronto é reconhecer que será desconfortável. Começar a conversa com palavras gentis ou elogios leva a que a pessoa do outro lado fique apenas à espera do inevitável «mas». Parece contraintuitivo, mas a verdade é que manter as coisas o mais positivas possível vai dificultar o processo. Por isso, o ideal é começar a conversa diretamente, criando um cenário para um diálogo mais aberto sobre o problema. Estabeleça a tónica da conversa logo à partida e prepare a outra pessoa com o conhecimento de que a conversa será difícil, de modo a que ela saiba o que esperar.
- Use a palavra «eu» em vez de «nós» ou «você»
Colocar a outra parte na defensiva só vai prejudicar o confronto. A pessoa do outro lado pensará apenas em proteger-se e em desviar os “tiros” da sua direção. Este estado de espírito não vai contribuir para a resolução dos problemas. Por isso, expresse-se utilizando a palavra «eu» e evite linguagem desnecessariamente incendiária. Por exemplo, em vez de dizer «você não me ouviu e ignorou o que eu disse», diga «a maneira como se desenrolou a nossa reunião fez-me sentir que a minha opinião não era importante para você». Evite também a palavra «nós», porque pode indicar que está a conversar sobre a pessoa pelas costas. Mantenha a conversa entre si e a outra pessoa.
- Seja factual, não emocional
Num confronto, um dos erros comuns é passar do conteúdo puramente factual para opiniões derivadas de emoções. Mantenha-se fiel aos factos. É também importante que saiba ouvir caso a pessoa do outro lado questione os seus factos – não fique na defensiva e esteja disposto a ouvir e a aceitar que pode estar errado sobre algumas situações.
Não se deixe levar por outras temáticas que não aquela que é o foco da conversa. As pessoas têm a tendência de evitar abordar os problemas de frente. Por exemplo, quando confrontadas com um problema, há pessoas que podem ficar emocionais e desviar a temática para um problema pessoal. Quando isto acontece, a tendência natural da pessoa que iniciou a conversa é tentar “acalmar” a outra parte e conversar sobre esse assunto pessoal naquele momento. É importante que resista a esta tentação, que mantenha o foco da conversa, e que se ofereça para falar sobre o assunto pessoal noutro momento. Ouça a pessoa, não interrompa o desabafo, mas certifique-se de que se volta ao tema em questão. Assuma o controlo da conversa para garantir que obtém o que necessita. No entanto, se a pessoa, por algum motivo, ficar muito temperamental, com raiva ou a chorar, ofereça-se para remarcar a conversa noutra data ou horário.
- Mantenha em mente o relacionamento
O objetivo do confronto é chegar a um lugar melhor e mais produtivo no seu relacionamento com a pessoa. Seja claro sobre o que o incomoda e sobre quais são as suas expectativas relativamente ao futuro e à pessoa. E deixe que a outra parte responda e se comprometa.
Fonte: Fast Company
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