Autora: Graciela Martins
Responsável de Recursos Humanos e Qualidade da INOVFLOW
O trabalho remoto é já uma realidade cada vez mais vivida em algumas empresas, normalmente em áreas de trabalho de carácter mais tecnológico.
Hoje, recorrendo por exemplo a uma central telefónica virtual, tendo soluções de ERP e CRM que permitam acesso a partir de qualquer local ou ferramentas de produtividade, conseguimos trabalhar a 100% como se estivéssemos fisicamente no escritório, tal como fazemos na INOVFLOW.
Mas se algumas empresas foram prevendo esta mudança na forma de trabalhar, embora não pelos motivos que hoje as estão a “obrigar” a ter de se adaptar de forma tão rápida, é certo que outras não estão preparadas, nem do ponto de vista de processos, nem tecnológicos.
Para além disso, tudo o que é desconhecido e nos retira da nossa zona de conforto, traz consigo desafios e muitos receios.
O papel dos gestores, é fundamental para se conseguir responder a todas as questões que se colocam neste tipo de trabalho principalmente ao nível do desafio que é gerir pessoas à distância.
- Como se gerem pessoas que não vemos?
- Como nos vamos ligar a essas pessoas e permanecer ligados?
- Como vou manter a minha equipa coesa, não existindo contacto físico?
- Como posso saber que trabalho está a ser feito?
Confiança
Na base desta gestão tem de estar a confiança seja entre gestores de equipa e o colaborador, seja entre os vários elementos da equipa.
Definição de objetivos
Temos de ter procedimentos bem documentados e objetivos bem definidos pois, caso contrário, como estas pessoas não estão em contacto direto diário, podem seguir caminhos diferentes dos pretendidos. É da responsabilidade dos gestores garantir que cada elemento da sua equipa sabe o que é pretendido, que entende o seu papel no grupo e que controla potenciais desvios.
Consistência
Tem de ser aplicadas regras à volta destes procedimentos e performance a toda a equipa. Todos têm de sentir que são tratados da mesma forma, com base nas mesmas regras e com o mesmo grau de exigência.
Partilha de Inputs e informação
Envolver os elementos da equipa, permitir e até mesmo incentivar a partilha de experiências, dificuldades e procura de soluções em grupo. Isto vai contribuir para o aumento do nível de compromisso, construção da identidade da equipa e evitar que alguns elementos se sintam “deslocados”.
Remover obstáculos
Para permitir que toda esta informação e partilha flua, é necessário garantir que todos têm acesso a ela bem como equipamentos e ferramentas que mantenha toda a equipa conectada em todos os momentos.
Nutrir relações
O gestor tem de ter também um papel ativo neste campo para manter todas as linhas de comunicação ativas e assim potenciar o contacto regular entre todos. Esta comunicação não tem de ser necessariamente sempre de âmbito profissional pois, é também preciso que se criem ou mantenham relações pessoais, tal como estas existiriam se estivéssemos todos juntos no mesmo espaço físico e que contribuem para a criação de espírito de equipa.
Gerir expectativas
Para que esta seja eficaz é importante comunicar prioridades, permitir a partilha de dificuldades e dar feedback.