A edição deste ano do relatório anual da OutSystems revela que mais de metade das empresas portuguesas aumentaram as suas equipas de desenvolvimento, posicionando-se acima da média global na transformação digital.
As empresas portuguesas e europeias apresentam um nível de maturidade de transformação digital acima da média global, considerando o relatório anual “The State of Application Development 2019, sobre o estado do desenvolvimento de aplicações e os desafios enfrentados pelas equipas de TI, desenvolvido pela OutSystems. Em média, os profissionais em Portugal registaram uma maturidade de 4.01 pontos, o que, juntamente com os inquiridos de outras organizações na Europa, representa a média mais alta a nível global, que se fixou nos 3.74 pontos.
Os dados revelam que, no ano passado, 51% das organizações em Portugal aumentaram as suas equipas de desenvolvimento de software – um aumento superior em 15% à média mundial. Os especialistas em cibersegurança e web developers são os mais difíceis de contratar. Já os engenheiros nas áreas de BI, analytics e dados são os que oferecem menos dificuldades de contratação.
De acordo com o relatório da OutSystems, à semelhança dos inquiridos no contexto global, os portugueses também classificaram as alterações nas preferências ou no comportamento dos clientes como o fator de risco número um. No entanto, o medo de que a volatilidade do mercado de ações possa ser prejudicial foi marcadamente menor do que a média global. Já o receio de perturbar os concorrentes foi maior, particularmente nas empresas já estabelecidas.
Durante este ano, os profissionais portugueses têm planos para desenvolver e disponibilizar 60% mais aplicações do que no ano passado. Quase 40% preveem disponibilizar mais de 25 aplicações. Os tempos de desenvolvimento referidos pelas organizações portuguesas são ligeiramente mais rápidos em comparação com a média global. Os resultados indicam que 65% disponibilizam aplicações web em quatro meses ou menos, enquanto 64% referem disponibilizar aplicações móveis em igual período.
O relatório indica, também, que há mais organizações a apostarem no outsourcing para o desenvolvimento de aplicações. A adoção do low-code foi significativamente maior entre os entrevistados em Portugal, com 63% a referirem ter já aderido a este tipo de tecnologia. Por oposição, apenas 15% disseram que a sua organização não prevê adotar uma plataforma de low-code.
O “The State of Application Development 2019”, elaborado pela OutSystems, baseia-se em inquéritos efetuados a 3.300 profissionais de tecnologias de informação de empresas de todas as dimensões, em todos os tipos de indústria, a nível mundial. Este número inclui 253 respostas de profissionais de TI de empresas portuguesas, ou a operar em Portugal.