A Academia Glintt, que recrutou até este ano 150 jovens, permite à multinacional de tecnologia e consultoria colmatar a escassez de profissionais no setor das Tecnologias de Informação.
A Glintt criou a Academia com o seu nome com o objetivo de integrar jovens recém-formados no mercado de trabalho, respondendo às necessidades de recrutamento características do setor. É resultado dos anos de existência e experiência da consultora no mercado e da inovação e desenvolvimento que o setor onde opera exige. Inês Viana Pinto, HR business partner da Glint, que integra desde 2013, considera que o “projeto querido da casa”, referindo-se à Academia Glintt, se diferencia na sua oferta formativa, constituindo-se um aliado da consultora na captação e retenção de talento.
Como é que surgiu a Academia Glintt e que objetivo assume?
Com mais de 20 anos de experiência no mercado da consultoria e dos serviços tecnológicos para a saúde e com a crescente necessidade de inovação e desenvolvimento no setor, decidimos criar a Academia Glintt de forma a gerar mais oferta especializada para os serviços onde atuamos. A Academia Glintt é um programa de formação remunerado, que pretende integrar jovens recém-formados no mercado de trabalho. Procuramos candidatos focados, capazes de pensar em novas soluções e com uma boa capacidade de adaptação às equipas, tendo em conta que esta formação é desenvolvida ao longo de vários meses, de forma integrada.
Quantos colaboradores já recrutaram?
Através da Academia já recrutámos mais de 150 jovens para os quadros da empresa. O programa tem sido muito bem recebido, tendo as duas primeiras edições contado com mais de 2250 inscrições, das quais 1300 se referem a 2017. Em setembro, arrancou a terceira edição e não podíamos estar mais expectantes e entusiasmados.
Qual tem sido o feedback dos participantes?
Desde a sua criação que a Academia Glintt tem vindo a aumentar o número de inscrições, o que superou todas as nossas expectativas. Recebemos feedback muito positivo por parte dos nossos participantes, pela possibilidade de integração em equipas especializadas, que trabalham na proximidade e no envolvimento dos trainees, o que lhes permite um crescimento qualitativo e um desenvolvimento profissional e pessoal dentro da empresa.
Na sua opinião, a formação de profissionais na área das Tecnologias de Informação é cada vez mais prioritária, dada a escassez destes perfis no mercado de trabalho?
Sim, sem dúvida que a formação de talentos na área das TI é cada vez mais importante. É uma área que apresenta algumas dificuldades para as empresas, dado que a procura é superior à oferta. Apesar de Portugal produzir cada vez mais jovens profissionais de qualidade, estes partem facilmente para desafios fora do país se sentirem que isso os ajudará a crescer. É por este motivo que acreditamos que devemos apresentar a esta nova geração de millennials vantagens significativas para apostarem em nós e isto passa por nos diferenciarmos na oferta formativa dos nossos programas.
O que podem as empresas fazer para superar esta dificuldade?
Devem apostar em programas de formação diferenciadores que os ajudem a captar e, sobretudo, reter talento. É isso que temos vindo a fazer com a Academia Glintt, o “projeto querido” da casa que nos tem ajudado a colmatar a escassez de recursos neste setor.
Como estão a correr as inscrições para a edição de 2018?
Desde a sua criação, em 2016, que a Academia tem vindo a aumentar o número de inscrições ano após ano. Este ano estamos ainda em fase de recrutamento e mudámos um pouco o nosso processo de seleção, acrescentando assessments days. Esta nova fase do processo tem sido uma excelente experiência tanto para candidatos, como para colaboradores internos.
Que impacto e importância tem este tipo de iniciativas nos jovens?
Este tipo de iniciativas são uma ferramenta para os jovens se diferenciarem dos seus pares, pois permite-lhes adquirir know-how prático na sua área de formação. Cada vez mais as empresas procuram alunos que se destacam, de alguma forma, pelas suas experiências. Valorizamos jovens com uma forte capacidade de adaptação e resposta a desafios, competências que só é possível adquirir num contexto real de trabalho. O nosso grande objetivo é formar e dar experiência a estes jovens e temos como ambição que todos os participantes que integram a nossa Academia fiquem na Glintt, porque acreditamos realmente na formação que proporcionamos durante este programa.
Existe muita dificuldade em encontrar os perfis com as competências certas para o setor das Tecnologias de Informação em Portugal. Como tem feito a Glintt para encontrar o talento necessário para a organização?
Através da Academia Glintt temos conseguido responder às nossas necessidades a nível de recursos humanos, inclusivamente no que diz respeito à área das TI. Sabemos que este é um setor crítico para recrutamento e por este motivo acreditamos que devemos apresentar a estes jovens claras mais-valias para o seu crescimento profissional. É isto que fazemos através deste projeto e como é possível verificar através do aumento do número de candidatos nestas duas últimas edições, temos vindo a ser bem-sucedidos. Por outro lado, temos desenvolvido algumas iniciativas que têm como intuito a reconversão de jovens de outras áreas de formação para áreas de TI. Esta também tem sido uma iniciativa de sucesso e que nos tem ajudado a colmatar a escassez de recursos neste setor.