O InfoRH entrevistou a professora de Administração Financeira da London School of Economics a propósito da sua presença no World Leadership Forum, que se realizou em maio, em Lisboa.
Lynda Gratton começou a sua apresentação a falar do Japão, da tecnologia e do tempo. A professora de Administração Financeira da London School of Economics começou por contar uma parábola bíblica sobre o futuro do emprego, história relacionada com o emprego dos seus dois filhos.
Ao InfoRH, diz, tal como na palestra meia-hora antes, que «ainda não conseguimos reinventar o trabalho, mas estamos nele! Sendo assim, e na parábola, o primeiro filho admitiu que queria ser jornalista. Segundo Gratton, é um erro. O segundo filho disse que ia estudar medicina. «Boa escolha», disse ela. Mas por quê? Ela entende que ser médico tem cabimento no futuro, isso ficou claro. Quanto ao jornalismo, ela pressente-o como descartável. «No entanto, todos nós estamos cada vez mais preocupados em viver mais e fazê-lo com boa saúde». Conta que, quando entra na sala de aula, repara que os 200 alunos andam todos com um saco de desporto, de ginástica. Para estarem em forma, coisa que ela aos 65 anos parece estar também em muito boa forma, graças ao pilates ou yoga.
E porquê? «Se as reformas podem não vir a ser pagas na totalidade, o futuro de todos nós é trabalhar até aos 75 anos porque com a esperança de vida a aumentar, vamos viver até aos 100 anos».
E isso não é uma utopia? Os líderes são uma minoria no mercado de trabalho.
Gratton diz-nos que «tudo é extensivo a todos os grupos que estão no mercado laboral e incentiva os empresários a ajudar os seus empregados, dando hipótese a que pratiquem atividade física, a que tirem licenças sabáticas para melhorar as habilitações ou trabalhem menos horas. Vos digo: vocês estão a fazer o que é necessário para ajudar a melhorar a produtividade dos funcionários, ou seja, a criar algo valioso?», digo-lhes sempre!
«A liderança do universo empresarial, mas não só, é necessária. Da nossa vida, somos nós os líderes e, nesse sentido, é necessário apurar as capacidades de liderança que só trarão mais-valias, tanto para nós como para os outros. Hoje a liderança apela a líderes menos controladores e mais ágeis, que permitam o equilíbrio perfeito entre ordem, engenho e capacidade de adaptação».
Um bom princípio.