São muitas as que sonham ter um negócio, mas poucas são as mulheres que o concretizam, avança o mais recente estudo da Metro, que revela que o financiamento é um dos principais obstáculos.
Ter um negócio é o sonho de muitas mulheres, mas poucas são as que o concretizam e há alguns obstáculos que impedem que o sonho se torne uma realidade. De acordo com o estudo “Own Business Study”, desenvolvido pela Metro, que inquiriu dez mil pessoas em dez países, 40% das mulheres inquiridas gostariam de iniciar o seu próprio negócio, mas só 3% acabam por fazê-lo. Em Portugal, as percentagens são semelhentes e os dados registam uma diferença entre o desejo de ter um negócio próprio e a sua concretização. Os dados revelam que 37% das portuguesas gostariam de iniciar o seu próprio negócio, mas apenas 2% conseguem edificá-lo.
Manter o negócio é o obstáculo que mais demove as mulheres de abrirem o seu estabelecimento. Para 25% das portuguesas, é a dificuldade de financiamento que mais as condiciona.
As que conseguiram edificar os seus negócios mostram que foi uma decisão acertada. Segundo os resultados do estudo que pretende proporcionar um melhor entendimento dos negócios próprios em todo o mundo, 88% das mulheres iniciariam o seu negócio novamente. Em Portugal, 82% das mulheres revela voltar a abrir o seu negócio.
São mulheres, empreendedoras e mães e, por isso, considerando os dados obtidos, a Metro diz ser possível “conciliar as duas tarefas: ser mãe e empreendedora”. Há 65% de proprietárias de negócios próprios que são mães. No território nacional, 56% das portuguesas com negócios próprios têm filhos.
No que diz respeito ao perfil etário das mulheres proprietárias de negócios, o “Own Business Study” revela que 49% têm menos de 45 anos e 51% têm mais de 45 anos de idade. Em Portugal, 65% das mulheres empreendedoras têm menos de 45 anos, sendo que 35% apresentam uma idade superior a 45.
De acordo com os dados do estudo desenvolvido pela Metro, 82% das proprietárias de negócios veem nas ferramentas digitais, consideradas por 79% “essenciais” à gestão diária de um negócio independente, um importante instrumento para a comercialização dos seus produtos e serviços. Já 83% das mulheres pensam que as ferramentas digitais as podem ajudar a poupar tempo.
Reconhecem a importância dos meios digitais, mas só 38% das mulheres têm um website para os seus negócios e apenas 47% utilizam as redes sociais. Por terras lusitanas, 85% das mulheres consideram, também, as ferramentas digitais essenciais para gerirem o seu negócio diariamente, encontrando-se acima da média dos dez países analisados.
A segunda edição do estudo “Own Business Study”, que, segundo a Metro, “examina com maior detalhe a perceção das mulheres – aquelas que já são proprietárias de um negócio e aquelas que aspiram vir a ter um”, inquiriu dez mil pessoas em dez países, entre eles 1.500 proprietários de negócios próprios.